Contra a liberdade de crença e de expressão
Estamos todos dentro de um mesmo barco! Não só a Igreja, mas a nação inteira de Israel vivia sob o regime ditatorial do Império Romano. Apesar do perigo, João Batista continuou pregando contra o pecado religioso e político de seus dias. Ele chamou os fariseus de “raça de víboras”, repreendeu a ganância financeira dos soldados e não poupou críticas à vida imoral do rei Herodes. Sim! João Batista foi uma vítima da falta de liberdade de seus dias e foi assassinado com pouco mais de 30 anos de idade porque ele não conseguia ficar calado diante do pecado, seja ele qual fosse. Seguindo o seu exemplo, os discípulos também morreram através da perseguição religiosa dos judeus e política dos romanos, mas o importante é o que Jesus prometeu a respeito de cada um deles. Sobre João Batista, Jesus disse: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mt 11.11). E, a respeito dos discípulos, Jesus fez a seguinte promessa: “Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lc 22.30).
Os perseguidos por amor à Palavra de Deus, como João Batista e os discípulos, irão receber a Coroa da Vida após a morte. Este prêmio está reservado para quem for corajoso e não se calar diante das calamidades de seu tempo. Hoje em dia, como pais e cristãos, precisamos nos posicionar a respeito das mudanças sociais que certos grupos políticos estão impondo sobre a sociedade com o objetivo de exterminar a família tradicional. As crianças e os jovens estão sendo levados a acreditar que os homens brancos e de classe média são machistas e opressores; que o aborto é amoral; que o ser humano nasce sem gênero definido; que as drogas são apenas recreação; que os pequenos delitos não merecem punição e que ninguém precisa trabalhar e produzir, pois o Estado tem a obrigação de cuidar de todos. Contra esses absurdos, o homem e a mulher de Deus não abrem mão de sua responsabilidade sacerdotal para com a família e para com o mundo, criando os filhos no caminho do Senhor e pregando o Evangelho, sem medo, para os perdidos: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
A melhor resposta para o momento em que estamos vivendo é a pregação completa do Evangelho e não apenas de alguns textos “selecionados” da Bíblia. O Brasil precisa saber a razão que levou Jesus Cristo ao Calvário, a existência de um lugar chamado Inferno e, principalmente, o tipo de gente que será lançada no lago de fogo e enxofre, pois para o bom entendedor, uma única palavra basta. Só não podemos ficar calados e fazer de conta que os movimentos sociais e políticos dos últimos dias não nos afetarão. Como Igreja, nós precisamos fugir de política, mas, devido à nossa militância bíblica, o mundo inteiro sabe de que lado nós estamos. Neste momento tumultuoso, se faz necessário relembrar e refletir sobre as palavras do pastor protestante, Martin Niemoller: “Quando os nazistas vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um socialdemocrata. Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista. Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu. Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar“.
O mundo está do avesso, mas a Igreja continua com a mesma missão: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Ef 5.11). Em amor, precisamos ensinar a verdade para quem pedir a razão da esperança que há em nós ainda que sejamos confundidos como “militantes políticos”. As trevas estão usando chavões e caluniando todas as pessoas que não pensam como eles. A respeito do Pastor Martin Niemoller, o mesmo foi preso pelo partido político que ele mesmo havia ajudado a fundar.
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