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Foto do escritorPaulo Arruda

Compaixão (de novo?)

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9.35,36)


Compaixão, segundo o dicionário, é o sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.


A compaixão pode ser descrita ainda como uma compreensão do estado emocional de outra pessoa. Não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.


Jesus é o mestre que não somente disse o que nós deveríamos fazer, ele fez e nos mostrou, pelo exemplo, o que devemos fazer. Assim sendo, a compaixão foi uma das maiores marcas que o Nosso SENHOR deixou para que nós seguíssemos seu passo.


No texto em epígrafe, vimos Jesus se encontrando com uma multidão e vendo as condições em que se encontravam: aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor, compadeceu-se delas. Aliás, os Evangelhos estão cheios de citações que demonstram a compaixão de Jesus por aqueles que tanto necessitavam dos cuidados divinos que emanavam do Pai e se materializavam por meio dos milagres que Ele dispensava aos enfermos, cegos, surdos, mudos, paralíticos, coxos, endemoninhados, leprosos e até mortos foram ressuscitados. Enfim, não houve nenhuma só pessoa que chegou até Ele com o seu problema e retornou para casa do mesmo jeito. Ele teve compaixão de todos.


Porém, de todos esses milagres, o que mais me chama a atenção é o que está registrado no Evangelho de Marcos, capítulo 1, versículos 40 ao 42, quando se registra que: “Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.” Sendo que o que mais me chama a atenção é quando diz que Jesus ficou profundamente compadecido.


Amado, amada, você que agora porventura esteja lendo esse texto, será que eu e você estamos tendo esse mesmo sentimento que Jesus tinha por aqueles mais necessitados de cuidado, será que estamos profundamente compadecidos, ou pelo menos estamos nos compadecendo deles? E qual tem sido o resultado desse compadecimento? Ou estamos e continuamos inertes somente aguardando a volta de Jesus, o que não é errado, mas enquanto aguardamos a gloriosa volta do SENHOR Jesus continuamos aqui e pessoas em situação de vulnerabilidade social continuam aqui também e independentemente de serem crentes ou não, elas são os nossos próximos.


É possível demonstrar compaixão por alguém de várias formas, a começar por uma simples conversa. Muitas vezes, tudo o que uma pessoa precisa é dividir suas angústias ou apenas desabafar, e ter com quem contar se traduz como um grande suporte emocional, sobretudo para enfermos, pessoas internadas em hospitais ou em tratamento. Nesses casos, ser compassivo é entender que é possível sofrer com o outro, mas sem discriminação ou julgamento. A compaixão requer empatia com a dor de outrem e nos faz desejar amenizar esse sofrimento, e são pequenos gestos que fazem toda a diferença.


Nós, como discípulos de Jesus devemos nos constituir em trabalhadores da seara e também devemos ficar profundamente compadecidos pela situação de abandono de muitas pessoas que Deus diariamente tem colocado diante de nós.


“E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9.37,38)


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