Todo início de ano traz consigo algumas preocupações, não apenas de ordem financeira como os impostos e outros compromissos comuns a todos os cidadãos, mas para nós que temos filhos em idade escolar, talvez a maior preocupação seja o aprendizado e tudo o que envolve a vida escolar de uma criança ou adolescente.
A situação fica crítica quando acompanhamos as notícias da decadência do ensino brasileiro e como nossa educação está entre as piores do mundo. Mas, muito pior que a situação acadêmica, podemos afirmar que a maior crise que enfrentamos na atualidade no que diz respeito à educação, é moral e espiritual. Vemos a cada momento como os valores e princípios judaico-cristãos são atacados por todos os lados, principalmente através da cultura, da qual as instituições de ensino fazem parte e seus principais agentes, os professores.
A maioria dos pais cristãos se preocupam com o tipo de ensino e de relacionamentos que seus filhos terão na escola, porém, não têm a verdadeira dimensão do perigo que é submeter a criança a um ensino mundano, humanista e relativista onde se “exclui” Deus do processo de ensino-aprendizagem. O Senhor nos diz muito claramente em sua Palavra, que o indivíduo que tira Deus de sua vida é um néscio: (“aquele que é desprovido de conhecimento(s), de discernimento; estúpido, ignorante”) Salmos 14:1. Por mais cara que seja a escola, a mais conceituada, seja qual for o método de ensino, por melhor que seja a formação acadêmica do professor, se o ensino não tiver o principal propósito que é o conhecimento através da revelação da Verdade de Deus, é loucura!
Considere algumas falácias defendidas por instituições de ensino, educadores e pais:
“O Estado é laico – não se deve falar de Deus ou citar a Bíblia durante as aulas.”
O Estado é laíco e não ateu. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” Pv. 1:7. É impossível obter o verdadeiro conhecimento excluindo o autor de toda a história e criador de todas as ciências.
“O ensino é neutro”.
Há mais de 200 anos já se discute no meio acadêmico que é impossível ensinar com neutralidade, mas, o primeiro a nos ensinar isso foi o Senhor Deus. Ele ensinou para a nação de Israel, que para que eles ensinassem seus filhos, primeiro, o ensino deveria estar em seus corações. (Deuteronômio 6: 4-7). Ou seja, o que cremos determina quem somos. O que somos, determina como ensinamos.
“O ensino secular não vai fazer diferença na vida do meu filho”.
Naturalmente aprender é modificar-se. Quando aprendemos algo novo, modificamos a maneira de pensar e agir. O apóstolo Paulo no adverte em sua carta aos romanos que “não devemos nos conformar com este mundo” (Romanos 12:2), ou seja, não podemos estar na mesma “forma”, nos mesmos pensamentos e atitudes das pessoas sem o conhecimento de Deus, mas que devemos renovar as nossas mentes, se referindo ao estudo diário da Palavra de Deus que é viva e eficaz.
O fato é que nossos filhos são submetidos, no mínimo, a 12 anos de ensinos humanistas e relativistas na escola e cerceados pela mídia e entretenimentos oriundos de uma culta anticristã. Muitos deles não recebem um ensinamento sólido e alicerçado na Palavra de Deus, e mesmo assim, temos a falsa esperança que colheremos um fruto bom de uma semente estragada e contaminada. Talvez seja por isso que, quando chegam a universidade, de cada dez jovens crentes, sete se afastam do Senhor e abandonam sua fé.
A Palavra de Deus nos instrui a como ensinar nossos filhos. Os pais não devem estar alheios e muito menos distraídos com o que seus filhos estão aprendendo na escola. Se na sua cidade tem uma escola cristã, que oferece um ensino alicerçado na verdade absoluta de Deus, não tenha dúvidas, invista neste ensino valioso. Se não tem, ore para que Deus levante homens e mulheres piedosos, com formação acadêmica, que estejam convictos da importância de um ensino cristocêntrico. Enquanto isso, invista tempo em seus filhos, ensinando-os todos os dias na doutrina (ensinamentos) e na admoestação (conselhos) do Senhor, pois a batalha que começa no jardim da infância, só será vencida, se for liderada pelo Senhor dos Exércitos.
Erica Fabbris de Freitas Barros
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