A gente se acostuma a dormir tarde, a gastar várias horas na frente da TV, do computador, a assistir programas que nos envenenam e tiram a nossa sensibilidade. Acordamos de manhã mal-humorados, sem tempo para um abraço de despedida.
A gente se acostuma a não olhar nos olhos da pessoa amada, a não brincar com os filhos, achamos que é perda de tempo, não temos interesse, nem paciência.
A gente se acostuma a fazer as mesmas coisas no trabalho, não queremos fazer um esforço extra, porque somos pagos ou fomos contratados para fazer este serviço e não aquele.
A gente se acostuma a cumprimentar as pessoas do mesmo jeito, a usar palavras padronizadas, mecânicas e frases mantenedoras de distâncias.
A gente se acostuma a orar, a usar os mesmos termos quando falamos com Deus. Não queremos abrir o coração, é mais fácil esconder atrás do palavreado, como Adão e Eva se esconderam nas folhagens.
A gente se acostuma a não olhar para as pessoas, mas para o vulto delas, para a imagem, para a silhueta, para o exterior, não queremos aprender com Deus que vê o interior.
A gente se acostuma a fazer exigências em nome das nossas preferências pessoais, a impor pontos de vista, não queremos aprender nem conviver com aqueles que pensam de maneira diferente.
A gente se acostuma a não falar com o coração, a evitar diálogos de aproximação, porque às vezes não queremos ouvir o que precisamos, mas achamos que guardar mágoas e demonstrar indiferença vai fazer o outro mudar.
A gente se acostuma a não orar por um quebrantamento, a não confessar nossos pecados, porque a vida é assim mesmo, Deus já sabe como eu sou.
A gente se acostuma com a ida à igreja porque fazemos isso há anos, temos a nossa reputação, o cargo, as pessoas pegam no pé e não queremos queimar a nossa imagem.
A gente se acostuma a ver o ser humano como um problema de superlotação, um transtorno, obstáculo que atravessa o nosso caminho nas filas do supermercado, da padaria, do consultório médico.
A gente se acostuma a falar de tudo, a concordar com tudo, a achar que as pessoas estão bem sem Jesus, estão curtindo a vida; enquanto lá no íntimo, sabemos que estão vazias, iludidas em suas vidas infernais.
A gente se acostuma a usar o corpo, templo do Espírito, como “covil de ladrões”, morada de pensamentos egoístas e malignos. E como anfitriões da cobiça, a gente se habitua a mercadejar influências, politicagens, julgamentos e seja feita a minha vontade!
Infelizmente a gente se acostuma a centralizar a vida em torno de nós mesmos e não percebemos que Jesus é um revolucionário. Ele não tolerava a mesmice, o comodismo, a atitude passiva de deixar as coisas como estão. Ele tomou iniciativas, trouxe vinho novo, fez perguntas, valorizou amigos, aproximou-se de pessoas, ensinou-as a repartir o pão, deu força aos cansados, transformou situações, atendeu pedidos…
Permita que Ele faça uma reviravolta na sua vida, limpe a sujeira e expulse os vícios acostumados.
Com Jesus, a gente não se acostuma, não se amolda ao ciclo desse mundo, não segue a multidão!
Senhor, eu sei que o cristão não deveria ser assim, ajuda-me a não ser como eu sou, mas como o “Eu Sou”!
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