Em uma viagem de 42 horas, após passar por cinco aeroportos, saindo de Fortaleza, do Aeroporto Internacional Pinto Martins e passando por Guarulhos SP (Brasil), Adis Abeba (Etiópia), Seul (Coreia do Sul), até o desembarque final no Aeroporto Internacional de Narita em Tóquio no Japão, finalmente o missionário Rafael Vieira com a família chegaram em sua nova moradia em Oizumi, no estado de Gunma há duas horas e meia da capital.
No aeroporto de Fortaleza, com irmãos de várias igrejas da capital e região metropolitana.
Ainda no aeroporto, foram recepcionados pelo pastor da Igreja Batista Bíblica Megume (Seigi Kagawa), juntamente com outros irmãos, que prestaram apoio com seus carros para ajudar com as malas. Assim, tanto quanto a viagem, a chegada também foi tranquila, pois a família, com apoio de irmãos no Japão, conseguiu alugar um apartamento em Oizumi estando ainda no Brasil.
Chegada em Tóquio. Irmãos da Igreja de Megumi deram apoio.
O próprio Pr. Rafael, nos conta sobre a providência divina desde a hora da partida:
“Nossa viagem estava marcada para o dia 7 de setembro. Porém, eu e Misael testamos positivo para covid-19. Então, o Senhor preparou este tempo para cuidar da nossa saúde no Brasil e esperar mais algumas semanas para embarcar para o Japão. Ele foi muito bom em não nos permitir ir naquela data porque aproveitamos também, para descansar e cuidar da nossa saúde. Isabela precisava refazer seu tratamento de otite. Graças a Deus, conseguimos dar a medicação correta e também Lídia precisou fazer alguns exames”.
“Vimos também que o Senhor usou esta parada em nosso ministério para que pudéssemos descansar das semanas que antecederam o embarque do 7 de setembro. As semanas anteriores foram muito intensas e com isso, veio o cansaço físico, mental e emocional. Se tivéssemos embarcado naquela situação, iríamos chegar no Japão bem cansados. Com a nova data, saímos renovados de casa e prontos para aguentar os longos dias de viagem com duas crianças pequenas e carregando malas de bordo. E foi exatamente o que nos aconteceu”.
“Depois de despedidas com nossos vizinhos em Maranguape na terça-feira (27/09), fomos dormir a última noite do Brasil na casa dos meus pais na capital. Na quarta-feira (28/09) pela manhã, partimos para o aeroporto Internacional Pinto Martins em Fortaleza. Vários irmãos da capital e região metropolitana vieram se despedir. Cantamos, oramos e tivemos um bom tempo de comunhão antes de levantar vôo. Isso é tão bom para missionários! Era como se tivéssemos sentindo o Senhor mais perto através da presença de cada um”.
“Uma curiosidade, durante a viagem: Misael ganhou uma moeda da aeromoça etíope. Isso deixou ele feliz, pois coleciona dinheiro de vários lugares do mundo. Com isto, queremos incentivá-lo com outras nacionalidades, adquirir a organização, pesquisa, conhecimentos e a socialização”.
Cansados pela quantidade de horas da viagem, chegamos ao Japão e encontramos nosso apartamento limpo e já com alguns móveis e utensílios doados pelos irmãos da igreja. Eles atenderam o incentivo do Pr Seigi e trouxeram o que imaginavam que nos seria útil. Temos praticamente a casa mobiliada, faltando apenas algumas coisas”.
“Oizumi é conhecida como a cidade de brasileiros no Japão. Porém, aqui também é a residência de pessoas de outras nacionalidades. Por exemplo, fizemos contato com nossos vizinhos da frente e descobri que são do Camboja. Na cidade encontrarmos pessoas de Nepal, Costa Rica, Bolívia, Peru, Tailândia, Índia entre outros países. Oizumi é uma cidade com uma mistura de várias culturas, além dos japoneses”.
“Estamos experimentando a primeira fase do projeto Asafe: adaptação ao novo país. Consiste em ir nos acostumando com a nova morada, rotina, cidade e país. O Japão é muito diferente do Brasil em vários aspectos: social, emocional, econômico, clima, e muito mais. E para que o choque cultural seja mais suave, estamos absorvendo o máximo da cultura através de conversas, da informalidade, observações. Isso faz parte do trabalho transcultural. Estamos aproveitando também para aprender a língua japonesa”.
“Já participamos do primeiro culto na igreja. Fomos apresentados e também dei uma palavra de saudação e gratidão porque os irmãos nos enviaram os documentos necessários para obter o visto religioso e o cuidado com nossa família. Este culto foi especial também para a igreja. Um dos dirigentes mencionou que as orações do antigo pastor falecido (Pr Sawa) foram atendidas com nossa chegada. Pr Sawa já havia vindo ao Brasil duas vezes, apelar aos crentes brasileiros que concluíssem o curso teológico e fossem a Oizumi como pastores. O Senhor não permitiu que o Pr Sawa visse isso acontecer e o levou antes para o céu. Mas a igreja está vivenciando este fato e lembrou-se que o Senhor responde as orações dos seus servos”.
“Nestas primeiras semanas, estamos indo à prefeitura algumas vezes, regularizar nossa situação no país e fazer cadastros nas diversas secretarias: trânsito, educação, saúde, infraestrutura…. Estamos seguindo todos os rigores que a lei japonesa exige. Os irmãos da igreja que dominam a língua japonesa traduzem os diálogos e documentos. Isto fica mais fácil no dia-dia”.
“Agradecemos suas orações e todo o apoio. Caso o Senhor desperte para nos ajudar financeiramente, ao final, darei nosso PIX. O Japão precisa de mais obreiros. Se você pode fazer alguma coisa pelas almas perdidas que residem aqui, faça enquanto pode e há tempo! Por favor esteja participando deste projeto”.
Pr Rafael Vieira, Ana Lídia, Misael e Isabela. Membros da Missão Ministério Multicultural Maranata Enviados pela Igreja Bíblica Maranata em Fortaleza CE.
Contatos: E-mail: 250186.r@gmail.com; rafaeldeisrael@hotmail.com Facebook e Instagram: Rafael Ana Lídia Vieira Para ofertas especiais: PIX: 672.389.713-72 (Nubank)
Resumo do projeto
O Japão está localizado no continente asiático. Há 127,3 milhões de habitantes no Japão. A densidade demográfica é de 336,8 habitantes para cada quilômetro quadrado. Enquanto no Brasil, para cada metro quadrado existe apenas 24 pessoas. Por ter uma economia mais estabilizada do que o Brasil, há um grande número de descendentes de brasileiros. Osaka e Nagoya possuem grande número de brasileiros. Os brasileiros e latinos estão inseridos no mundo nipônico e vice-versa. No comércio, fábricas e escolas, os dois povos convivem pacificamente, mesmo com suas diferenças culturais. Através desse contato, existe uma porta aberta para alcança-los através do evangelismo. Alcançando os pais com o poder do Evangelho, durante o discipulado, os treinando a fim de produzirem filhos espirituais: amigos, filhos, colegas de escola, fábrica. Assim, espalhando esta Verdade aos japoneses. Nosso trabalho nesse país está dividido por etapas.
Objetivos
Acompanhar espiritualmente os brasileiros da Igreja Batista Bíblica de Megumi, Japão. Aprender a língua e a cultura japonesa. Auxiliar na tradução dos cultos para falantes de língua inglesa que residem na comunidade de Megumi. Dar treinamento aos pais crentes, capacitando-os para cuidarem bem da área espiritual de sua família. Com base no discipulado e aconselhamento bíblico.
Etapas
1 – Divulgação, levantamento de sustento pelo Brasil; 2 – Mudança para o Estado de Oizumi, Japão; 3 – Auxílio à Igreja Batista Bíblica de Megumi, Aprendizado da língua e cultura; 4 – Envio de nossa família para iniciar congregação em localidade japonesa sem igreja conservadora. Porcentagem de cristãos no Japão: 1% cristãos conservadores (presbiteriano, batista, bíblico): 0,003%. Religião predominante Budismo (71%) e Xintoísmo (83%).
Dificuldades na evangelização
Os japoneses possuem especificidades em sua cultura que atrapalham uma evangelização tradicional. Exemplos: 1. Japoneses, geralmente, não aprovam visitas com fim evangelístico. Sobre esses assuntos, é recomendado que o missionário convide para conversar num parque, praça ou restaurante; 2. São reservados e introvertidos culturalmente. Timidez gritante, mais uma razão para compreender a não aceitação de outros dentro do lar. 3. Língua: Nas últimas décadas, o japonês está aprendendo o básico da língua materna. Eles possuem dois alfabetos e cerca de 5 mil kanjis (ideogramas chineses). Os três alfabetos usados simultaneamente. Assim, palavras de áreas específicas não são conhecidas por todos. Exemplo: No meio religioso é comum usar os termos graça, fé, misericórdia, mas se aquele japonês não tem contato com religiosos e nem com essa crença, não irá se interessar para aprender novas palavras e seus conceitos. Daí a dificuldade no evangelismo. O trabalho será inicialmente, mesmo com cada pessoa. No Brasil, por termos sido colonizados por europeus, a cultura ajuda na compreensão de alguns termos e conceitos. 4. O japonês é nacionalista, assim, se vangloria da sua economia, cor da pele (amarela), cultura. Em alguns casos, até com ações discriminatórias com imigrantes de países em desenvolvimento.
Vantagens para a Evangelização no Japão
O Brasil é bem visto pelo governo japonês devido ter aceitado a imigração no século passado. O futebol brasileiro não é o esporte mais popular do Japão, mas nossos jogadores são respeitados e bem lembrados no país. Há muitas escolinhas de futebol, aos sábados, para crianças e adolescentes. A nova geração de japoneses desejando romper com a tradição. Assim, valorizam costumes brasileiros como abraços, aperto de mão, andar ao lado do companheiro, conversas, sorrisos, a música brasileira. Assim, o número de jovens japoneses tem aumentado nas igrejas brasileiras no Japão. Conquistando a confiança de um japonês, a amizade é garantia por muito tempo. A mão de obra brasileira é bem valorizada.
Projeto Asafe
O que é? Em nossa viajem de reconhecimento de campo ao Japão (2015), percebemos que a igreja japonesa é deficiente no discipulado dos pais aos filhos. Com isso, uma geração está perdendo a oportunidade de conhecer a Cristo. O mesmo diagnóstico foi confirmado pela diretoria da missão (MMM), em visita ao país em 2017. Assim, baseado no Salmo 78:1,2, visamos implantar o Projeto Asafe. Com este trabalho queremos ajudar os pais crentes no Japão “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais…” a discipular seus filhos “… não encobriremos aos nossos filhos, contaremos a vindoura geração…” O foco principal é ajudar os pais crentes para que alcancem seus filhos e estes possam alcançar japoneses de sua convivência na escola, rua, família etc.
Família: formação e preparo
Pastor Rafael Vieira Rafael é casado com Ana Lídia. Pai de Misael e Isabela. São membros da Igreja Bíblica Fundamentalista Maranata, em Fortaleza CE. Teólogo (SIBIMA), mestrando (Teologia – Carolina University), Pedagogo (UECE). Em 2010, concluiu seus estudos em Língua Inglesa pelo IMPARH/CE. É pós-graduado em Gestão Escolar (PROMINAS) e atualmente, formador de professores dos anos iniciais na cidade de Maracanaú CE. Exerceu o ministério de ensino e coordenação da EBD por quase 17 anos em sua igreja mãe. Em 2003, concluiu seus estudos na APEC-CE. Participou da implantação da Igreja Bíblica em Maranguape CE. Membro da missão: Ministérios Multicultural Maranata (MMM) desde 2016.
Ana Lídia é Bacharel em Teologia, com ênfase em Educação Cristã, pelo Instituto Bíblico Antioquia, e licenciada pela FAK. Concluiu seus estudos na APEC. Atuou nas escolas públicas de Fortaleza em Cruz CE, com o projeto “Bíblia nas Escolas”. Envolveu-se na igreja local com os ministérios de ensino na Sociedade Feminina, EBD e OANSE. Membra da Ministérios Multiculturais Maranata desde 2016.
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