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- Edição JA

- 9 de ago.
- 4 min de leitura
Entre o Determinismo e o Sentimentalismo: Uma Crítica à Teologia Que Distorce a Salvação.
Em meio ao panorama atual da teologia, observa-se a crescente disseminação de doutrinas que, embora ostentem aparência de profundidade e fidelidade bíblica, operam, na verdade, como distorções do Evangelho de Cristo. Muitas dessas ideias ganham força por meio do academicismo religioso e do prestígio conferido a certas tradições históricas, mas se afastam radicalmente da clareza e simplicidade da mensagem revelada nas Escrituras.
Duas dessas tendências têm se destacado, especialmente no campo da doutrina da salvação: de um lado, a eleição incondicional propagada pela teologia calvinista; de outro, o inclusivismo universalista de orientação mais moderna. Embora pareçam opostas, ambas compartilham uma raiz comum: uma apresentação distorcida do caráter de Deus e da natureza do Evangelho.
A concepção calvinista, nascida nos escritos de João Calvino e sistematizada por seus seguidores, ensina que Deus teria, desde a eternidade, escolhido de forma incondicional apenas alguns indivíduos para serem salvos, deixando o restante da humanidade fora do alcance efetivo da graça. Nessa visão, o amor de Deus é seletivo, a cruz é limitada e a salvação é restrita a um grupo fixado por decreto, sem relação com a resposta de fé. Tal doutrina, embora envolta em linguagem reverente, leva inevitavelmente à conclusão de que Cristo morreu apenas por alguns - e que, para muitos, a oferta do Evangelho jamais foi genuína.
Na direção contrária, mas igualmente problemática, o inclusivismo universalista propõe que Deus salvará a todos, independentemente de arrependimento, fé ou transformação. Essa visão, fundamentada mais no sentimento do que na revelação, ignora a justiça divina, a necessidade da regeneração e o ensino claro da Escritura sobre condenação e julgamento.
Ambas as correntes, com roupagem erudita e forte apoio institucional, têm enganado muitos - especialmente aqueles que, fascinados pelo discurso técnico e pela reputação dos proponentes, deixam de examinar cuidadosamente as Escrituras. Trata-se de um fenômeno que pode ser observado em diversos espaços teológicos, inclusive em círculos que se identificam com a chamada “alta ortodoxia”.
Este artigo é uma advertência. Não contra a soberania de Deus, nem contra a doutrina da eleição em sua forma bíblica, mas contra interpretações que obscurecem o Evangelho, restringem sua oferta e comprometam sua integridade. A crítica aqui levantada aponta, em especial, para o legado de João Calvino, cujo sistema teológico atribuiu a Deus decretos arbitrários que não se harmonizam com a revelação de um Deus que “quer que todos os homens se salvem” (1 Timóteo 2:4) e que “não faz acepção de pessoas” (Romanos 2:11).
Na Escritura, a eleição é sempre mediada por Cristo. Deus escolheu Seu Filho, e todos os que estão nEle, pela fé, são participantes dessa eleição. Em Efésios 1:4, lemos: “Como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo”. O texto não fala de uma eleição fora de Cristo, nem de uma escolha de indivíduos à parte da fé. Fala, sim, de um povo redimido em Cristo — o único Eleito por excelência.
O mesmo se aplica à predestinação. Em Romanos 8:29, está dito que os predestinados são aqueles que estão sendo conformados à imagem do Filho. Predestinação, biblicamente, não é um destino fixado independentemente da resposta humana, mas um plano traçado por Deus para os que creram. Não há predestinação sem redenção. Não há glorificação sem justificação. E não há justificação sem fé.
Por isso, esta reflexão é um convite ao discernimento. Muitos, atraídos pela sofisticação de certos discursos, acabam aceitando sem questionamento doutrinas que jamais resistiriam a um exame atento das Escrituras. A sedução do prestígio acadêmico, da tradição consolidada e da linguagem sistemática tem sufocado o chamado à fé simples e pessoal em Jesus Cristo.
Nossa intenção aqui não é alimentar controvérsias desnecessárias, mas convocar o leitor à responsabilidade espiritual. A doutrina da salvação não pode ser entregue aos moldes filosóficos de escolas teológicas, nem submetida a sistemas que pretendem falar por Deus sem ouvir o que Ele de fato revelou. A fé cristã exige coragem para dizer não às distorções, mesmo quando elas vêm vestidas de erudição e história.
Se você já foi exposto a essas ideias e, por reverência ou medo de questionar, as acolheu sem exame, este é um convite: abra sua Bíblia. Leia com atenção. Pergunte-se se o Deus que ali se revela é o mesmo que alguns sistemas teológicos apresentam. E se descobrir que não é, então volte à fonte - Cristo, o Salvador oferecido a todos, mas recebido somente pelos que creem.
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Pr.Jefferson Machado Silva
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