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Foto do escritorEdição JA

Momentos que valem a pena

Missionária Chris Messias

Equipe missionária

Deixa eu compartilhar contigo algo que me aconteceu ontem de tardinha! Oro para que seja bênção e nos faça ter sempre em mente o alvo de glorificar a Cristo!

Você já orou enquanto ouve uma pessoa?

Ela havia me parado com uma pergunta enquanto eu passava por ali. “Neta”, chamou ela, porque a chamo de vó, “você vai buscar água? ” – “Sim vó, eu tô indo buscar água. Não tem água prá lavar um copo! ”, respondi. E conversamos um pouco sobre isso e eu lhe disse que depois iria tomar banho.

Ela disse que que o dia estava quente e que estava indo banhar-se também. Apontou o caminho e disse que aquele caminho era difícil para ela e, por isso, anda com a bengala.

Insisti para que ela tomasse banho dentro de casa, pois já estava ficando tarde para banhar-se no rio. Costumo falar assim para ela, por ver que embora seja algo tão habitual para ela, não está em condições de ir sozinha. Mas ela prefere descer para o rio, e refrescar-se lá. Falamos um pouco mais sobre o clima e, ao ouvir sua fala lúcida e clara comecei, secretamente, a orar por ela. Ela disse que orou pois estava com calor e que queria chuva. E foi então que lhe perguntei:

– “Vó, a quem a senhora orou? ”

– “Para nosso Pai”, respondeu ela. Senti meu coração pular, e continuei.

– “Foi mesmo vó. E quem é ele? Com quem a senhora falou assim? ”

– “O nosso Pai, Jesus! ”, respondeu prontamente. Quase chorei!

– “E como foi que tu falaste para Ele?, perguntei.

– “Eu disse: Tá calor, dá chuva! “

Enquanto ela falava, na minha mente eu via como um filme. Imaginei como teria acontecido quando ela ouviu sobre Jesus a muito tempo quando outros missionários, ou indígenas crentes falaram de Cristo a ela.

Naquele momento orei, para que ela tenha entendido e crido. Orei por lucidez a essa tão doce senhora que a epilepsia tem roubado a lucidez e clareza de ideias.

Depois de um pouquinho mais de conversa fui buscar minha água no rio. Na minha segunda viagem d’água, lá estava a vózinha Muru (Delina) na beira do rio para seu banho.

A chuva não chegou ainda, mas virá para o frescor daquela preciosa filha de Deus!

Momentos como este, realmente valem a pena…

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Nota do Editor:

Por incrível que pareça, esse texto me foi enviado, exatamente em 19 de abril, no qual comemoramos o Dia do Índio.

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