No segundo semestre de 2020, em meio aos pavores da pandemia, resolvi fazer uma série de estudos sobre o Céu e transmiti-los no meu canal do YouTube. Desde 2008, eu vinha lendo, pensando e pregando sobre o assunto. A resposta favorável foi imediata. Pessoas de vários locais do Brasil entravam em contato comigo para agradecer as bênçãos que aqueles estudos lhes proporcionavam.
Foi, nesse tempo, que, por mais uma “cristoincidência”, conheci a irmã Leida. Ao ouvir seu primeiro áudio, lembrei-me imediatamente da história trágica da morte do seu esposo. Márcio fazia parte da Companhia de Operações Especiais do Amazonas. Em 3 de agosto de 2020, numa operação para prender uma quadrilha de traficantes de drogas que agiam no município de Nova Olinda do Norte, Márcio, 40 anos, foi ferido mortalmente. Em um instante, Leida se viu lançada em um abismo de dor. Era difícil imaginar que a vida seguiria, e ela sozinha teria a responsabilidade de criar dois filhos pequenos: Aaron (6 anos) e Barack que nasceria dentro de dois meses após a morte do pai.
Como consolar uma pessoa engolfada em tamanha tragédia? Graças a Deus, Leida e seu esposo tinham abraçado as verdades do Evangelho e recebido a bênção da vida eterna. Assim, ela podia se apegar às “preciosas e mui grandes promessas” do SENHOR.
Leida não tinha dúvida de que seu esposo estava com Cristo. Suas dúvidas eram acerca dos detalhes da vida no Céu… “Será que o Márcio se lembra de nós? Ele sabe como estamos? Se ele sabe, ele ganha esse conhecimento por si mesmo ou por meio de pessoas que chegam ao Céu e compartilham com ele as notícias da Terra? Vamos nos conhecer quando nos reencontrarmos?”
À medida que Leida aprendia sobre o Céu por meio dos estudos e das muitas conversas pessoais, seu coração se fortalecia pela consolação que brota da verdade revelada nas Escrituras. O que aconteceu com a irmã Leida serve para atestar a eficácia da promessa do Senhor Jesus que diz: “… e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). A certeza do Céu nos liberta para que não soframos “como os demais que não têm esperança”.
No nosso andar com Cristo, o caminho, às vezes, é muito difícil; entretanto, quando miramos o destino final, renovamos nosso ânimo, pois “os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:18).
Pr. Jenuan Silva Lira
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