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O movimento adventista e a necessidade de vigiarmos

Foto do escritor: Fabiano AlmeidaFabiano Almeida

Unir o joio ao trigo é estratégia recorrente do adversário, de forma que não nos surpreende seu imenso esforço em convencer-nos que o que antes era amargo tornou-se doce, e o que dantes eram trevas agora associou-se à luz. Infelizmente em nossos dias um número cada vez maior de salvos em Cristo tende a reconhecer o movimento adventista como uma obra cristã. Tal fato deve acender o sinal de alerta quanto aos propósitos deste grupo.


A causa deste fato é reconhecível ao observarmos alguns movimentos do adventismo a fim de que não mais os reconheçamos como uma seita. É notável a qualidade do trabalho adventista quanto a saúde e educação, uma vez que as escolas adventistas estão entre as mais conceituadas em nosso país. Além disto, grupos musicais de qualidade tem sido usados pelo adventismo a fim de que um número cada vez maior de cristãos se utilize de suas músicas, até mesmo em igrejas batistas fundamentalistas. Programas apresentados na televisão aberta e também abundantemente disponíveis na internet, procuram demonstrar como há muito mais pontos convergentes do que divergentes entre o ensino adventistas e as igrejas cristãs. O movimento adventista tem investido fortemente no alvo de apresentar-se como uma genuína igreja cristã, deixando no passado a percepção do cristianismo de considerá-los uma seita herética. É perceptível como esta propaganda massiva tem obtido seus resultados, a ponto de salvos em Cristo recomendarem a seus irmãos programas televisivos adventistas sob o argumento de que defendem o mesmo ensino que igrejas batistas fundamentalistas. Além disso, igrejas adventistas têm oferecido gratuitamente encontros que tratam de alimentação natural, cuidados estéticos e saúde mental a fim de propagar uma imagem positiva, o que infelizmente tem sido aceito por muitos.


Porque não devemos reconhecer o adventismo como um movimento cristão? Um pouco de estudo da história e dos principais ensinos adventistas servirão para nos alertar contra este mal.


O movimento adventista surgiu a partir do engano propagado por um batista, Willian Miller, que no início do século 19, tendo por base a profecia de Daniel 8.14, estabeleceu a data de 21 de março de 1843 para o segundo advento do Senhor Jesus Cristo. Miller fez cálculos que o fizeram acreditar que este número, 2.300 tardes e manhãs, deveria ser aplicado a partir de determinados acontecimentos registrados nas Escrituras (retorno do cativeiro babilônico), de forma a que a data do segundo advento de Cristo fosse determinada. Em torno de 100 mil pessoas se uniram a ele nesta crença, e, conforme este dia se aproximava, muitas destas pessoas passaram a se desfazer de seus bens, e no dia anunciado, muitos subiram no telhado de suas casas aguardando a volta de Cristo. Diante do fracasso, Miller efetuou novos cálculos e concluiu que havia cometido um equívoco, e a nova data prevista para a vinda de Cristo à Terra seria o dia 21 de março de 1844. Um novo fracasso, e a data foi corrigida para o dia 22 de outubro daquele mesmo ano. Ao sofrer mais essa decepção, Miller reconheceu que estava equivocado e, arrependido, voltou à sua igreja, se desassociando do movimento. Quando as três previsões de Miller falharam e ele reconheceu seu erro publicamente, seus seguidores se dispersaram quase que em sua totalidade, porém, alguns se uniram e em 28 de setembro de 1860 organizaram a “igreja” que hoje se conhece como movimento adventista. Este movimento foi encabeçado por três discípulos de Miller. Um deles era Iran Edson (1806-1882), que passou a divulgar que o advento previsto por Miller estava certo em seus cálculos, mas errado quanto ao lugar em que este advento ocorreria. Usando a figura do tabernáculo, Edson propôs que o tabernáculo a ser purificado anunciado por Daniel era o tabernáculo celestial. Desta forma naquele dia Cristo havia entrado no santo dos santos no céu a fim de continuar sua obra de purificação de nossos pecados. Um segundo nome importante nesta fase foi o de Joseph Bates (1792-1872), que baseava sua doutrina com especial atenção a guarda do sábado. E, finalmente, uniu-se a estes o nome de Ellen White (1827-1915), a principal líder do movimento adventista, considerada por eles uma profetisa. Em seus escritos, White evidencia a existência de um grande conflito cósmico sendo travado na terra em ter o bem (Deus) e o mal (Satanás).


Porém, é ao compararmos os ensinos adventistas com a Bíblia que o abismo entre a luz e as trevas se mostra mais evidente. No adventismo os escritos de Ellen White são colocados no mesmo nível de autoridade da Bíblia, o que é defendido vigorosamente, por seus seguidores, “Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas” (Revista Adventista, fevereiro de 1984. Ao observarmos os ensinos de White, é visível sua tentativa rebaixar a pessoa e obra de Jesus Cristo a fim de estabelecer seus falsos ensinos, entre eles a identificação de Jesus como sendo um anjo, Miguel, e a atribuição a Ele de uma natureza pecaminosa semelhante à dos pecadores. Também a doutrina do pecado e da salvação recebem por parte dos escritos e Ellen White uma interpretação repleta de figuras e menções bíblicas, mas totalmente desviadas das Escrituras, como o ensino que Cristo a partir de 21 de março de 1843 está purificando o céu do pecado cometido por Satanás, e que, desta data em diante, Cristo está realizando um juízo investigativo a fim de determinar aqueles que serão salvos e quem serão aqueles que serão aniquilados após o julgamento. Desta forma, não há no ensino adventista a noção da condenação eterna dos pecadores, nem mesmo de Satanás e seus anjos, uma vez que todos eles serão aniquilados e deixarão de existir na eternidade. Além destes falsos ensinos, revelados apenas após a inclusão dos incautos em suas igrejas, o adventismo defende ensinos como o sono da alma e a guarda do sábado como requisito imprescindível a salvação, abundantemente propagados em suas reuniões e plenamente contrários as doutrinas bíblicas.


Diante disto, concluímos que o movimento adventista não pode e não deve ser incluído entre as igrejas cristãs que propagam o puro evangelho de Cristo, sendo uma seita criada a partir de revelações extra bíblicas. É, portanto, inadmissível que um salvo em Cristo cogite manter qualquer forma de associação a este grupo, que vê em cada crente batista fundamentalista seu alvo missionário. O pensamento que, na falta de uma igreja batista fundamentalista, as igrejas adventistas sejam uma opção de comunhão, não deve ser levada em conta pelos salvos em Cristo, uma vez que isto seria compartilhar de suas heresias. Da mesma forma é sábio que sejamos prudentes no uso de músicas associadas ao movimento adventista, uma vez que sua propagação em meio as igrejas batistas transmitem a falsa noção que pertencemos todos ao mesmo ramo do cristianismo.


Que o Senhor nos conceda sabedoria, a fim de nos mantermos firmes na exortação do apóstolo Paulo aos gálatas, “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gálatas 1.8,9).


Fabiano F. Almeida

Pastor no Templo Batista Maranata em Goiânia GO. E-mail: fabianoibe@gmail.com


Templo Batista Maranata – Goiânia no YouTube. Devocional diário “A BÍBLIA VOS DIZ” pela Rádio BBN INTERNACIONAL (2ª a 6ª às 13h e 20h; sábados e domingos ás 13h30 e 20h30). Blog: teologiapragente.blogspot.com; Podcast Teologia pra Gente.








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