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O outro evangelho e o evangelho verdadeiro

(Gálatas 1)

Uma tribo de gauleses se instalou naquela província no 3º século a.C. e, por isso, ficou conhecida como Galácia. Talvez Paulo tenha escrito esta carta em Antioquia. Ele teria passado na Galácia depois do Concílio de Atos 15, no ano 50 a.D. Como a questão da circuncisão já havia sido tratada, ele teria argumentos e apoio aos gálatas. Ele começa a carta apelando para a autoridade apostólica recebida do próprio Deus. A saudação com a graça é tão importante para esta igreja legalista que estava tentando viver com os próprios esforços.

 

Diferente das outras cartas, aqui Paulo não começa com nenhum tipo de elogio, mas com uma repreensão. O legalismo e todas as formas de esforço próprio na vida cristã são chamados de “outro evangelho”. Paulo fala, hipoteticamente, de um anjo de Deus trazendo outro evangelho. Evidentemente, isto jamais acontecerá, mas mostra a seriedade e a imutabilidade do evangelho. O evangelho está acima de qualquer igreja local e organização. Não devemos ser condescendentes com os falsos mestres. Eles são malditos, pois pervertem a mensagem celestial de confiar somente em Cristo Jesus para valorizar o esforço humano.

 

“Jerônimo pensa que Paulo está falando sobre o nome dos gálatas, o qual deriva da palavra hebraica Galath que significa caído, então, Paulo quis dizer: ‘Vocês são verdadeiros gálatas, ou seja, caídos no nome e no fato.’ Alguns acreditam que os alemães são descendentes dos gálatas. Pode ser. Os alemães não são diferentes dos gálatas em sua falta de constância. No início, nós alemães, somos muito entusiásticos, mas nossas emoções se esfriam e nós nos tornamos indolentes [preguiçosos, lentos]. Quando a luz do Evangelho veio a nós, muitos foram zelosos, ouviram os sermões avidamente e estimaram grandemente o ministério da Palavra de Deus. Mas agora que a religião tem sido reformada, muitos que, anteriormente, eram esses discípulos sérios, descartaram a Palavra de Deus, tendo se tornado displicentes como os tolos e incoerentes gálatas.”[1]

 

Em contraste aos falsos mestres, Paulo se coloca como exemplo de um servo que não quis agradar a si mesmo, mas transmitir a mensagem de Deus.

 

Este é um texto muito importante, pois fala de Paulo como um judeu. Lembremo-nos de que Paulo está advertindo os crentes contra os judaizantes. Portanto, ao se colocar como um judeu verdadeiro, Paulo mostra sua autoridade. A visão é a de um judeu, membro de uma nação eleita. Todo judeu é escolhido antes de seu nascimento, mas isto não significa salvação e, sim, chamado para uma missão e responsabilidade. Sabemos que houve falha de Israel, mas mesmo assim Deus não desistiu de Suas promessas para essa nação. Ainda é o povo escolhido que receberá atenção especial logo após o arrebatamento da Igreja.

 

Paulo, falando como um judeu, se assemelha a Jeremias (ver Jeremias 1.5), a Sansão (Juízes 13.7) e a João Batista (Lucas 1.15). Agora, muito mais, não apenas como judeu, mas como apóstolo do Senhor Jesus Cristo, Paulo tem uma missão a qual recebe diretamente de Cristo Jesus nos desertos da Arábia por três anos. Paulo é o detentor e proclamador do mistério antes encoberto. Ele soube antes dos demais apóstolos a respeito do plano de Deus de unir judeus e gentios em um só Corpo, a Igreja. Deus dirigiu tudo perfeitamente que todos aceitaram a obra de Deus na vida de Paulo (v.12-24).

 

“Nosso estudo dos versículos 11-17 tem mostrado que a conversão de Paulo deve ser compreendida como envolvendo a) reconhecimento d Jesus ressuscitado como o Messias, o Senhor e Filho de Deus, b) a experiência de ser justificado pela fé sem as obras da lei, c) a revelação dos princípios básicos do evangelho e d) o chamado para ser um apóstolo dos gentios. Os versículos 11-17 constituem uma das seis passagens do Novo Testamento que descreve a conversão e chamado de Paulo (cf. Atos 9:1-7; 22:6-10; 26:12-16; 1 Cor. 9:1-2; 15:3-11).”[2]

 

Irmãos, o estudo da carta de Paulo aos gálatas é um espelho ao nosso próprio legalismo, por isso, fazemos bem em atentar a todas as advertências que ele deu àquela igreja a fim de não cairmos no mesmo erro deles, ou seja, confiar que neles próprios havia algum mérito. Dependemos do Senhor para a salvação, mas, também, para o caminhar na vida cristã. Deus abençoe.

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Pércio Coutinho Pereira

Professor do Instituto Bíblico Peniel em Jacutinga, MG

Pastor da Igreja Batista Bíblica em Jacutinga - MG

Pessoal para contato:

WhatsApp: (35) 99210 9841



[1] A Commentary on St. Paul's Epistle to the Galatians – Gl 1.6 - Martin Luther (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library – Publicado originalmente em 1539 na Alemanha - Grand Rapids: Zondervan – Essa impressão em 1939)

 

[2] Notes on Galatians, pg. 16 – Gl 1.11-17 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

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