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Foto do escritorFabiano Almeida

O perigo da atração dos evangélicos pelos seres angelicais

Existem outros seres pessoais e inteligentes no universo além de nós seres humanos? Há outros seres inteligentes nesse espaço que chamamos de céu? A Bíblia responde que sim. Encontramos na Bíblia muitas menções a seres que não são humanos, denominados no hebraico de malak, mensageiro, e no grego de angello, também no sentido de mensageiro, mas traduzido em nossa língua como anjo. Como sabemos que tais seres existem? Não estamos especulando quanto a este assunto, sabemos que a existência dos anjos é algo real porque a Bíblia declara sua existência, tanto no Velho como pelo Novo Testamento.


A Bíblia nos revela que todos os anjos que existem foram criados exclusivamente por Deus “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados” (Salmo 148.2,5). A Bíblia, porém, não nos diz quando os anjos foram criados, sendo-nos permitido saber por inferência que foram criados no princípio, pois eles já estavam presentes quando os fundamentos da terra forma estabelecidos “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?… Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38.4 a 7). Anjos não possuem corpo físico, eles são seres espirituais, chamados de “espíritos ministradores” na epístola aos Hebreus (1.13,14), porém isso não nega a possibilidade de assumirem forma corpórea, como relatado no Velho Testamento. A Bíblia atribui aos anjos qualidades pessoais, como pensar, sentir e agir, de forma que não devemos pensar neles como meras forças impessoais, mas como seres pessoais criados por Deus. A semelhança dos seres humanos anjos são seres imortais, eles nunca morrerão nem deixarão de existir, como lemos no evangelho de Lucas “Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento; porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição” (Lucas 20.35,36). Percebemos pelos relatos bíblicos que, diferente dos seres humanos, os anjos não são limitados pelas leis naturais de espaço e tempo, uma vez que são capazes de se locomover e surgir de maneira sobrenatural, de forma que são reconhecidos como seres dotados de um poder sobre humano, criados superiores aos humanos, como descrito na Bíblia “Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra” (Salmo 103.20). A Bíblia também nos revela que os anjos são seres gloriosos “Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos” (Lucas 9.26). Podemos inferir de versos como estes que os anjos são seres dotados de dignidade e glória sobre-humanos, uma vez que sua habitação e a própria proximidade com o trono de Deus os colocam em um ambiente glorioso. Os anjos não formam uma raça, como a raça humana, pois entre eles as bases da afinidade social, comum a raça humana, estão inteiramente ausentes, como ensinado no Novo Testamento “Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu” (Mateus 22.30). No caso da raça humana, foram criados dois seres que deram origem a toda raça, no caso dos anjos todos eles foram criados individualmente, havendo entre eles diferentes graduações e posições, como descrito na epístola aos Efésios “Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Efésios 1.21). Os anjos são indicados como uma companhia inumerável, de forma que nos é impossível determinar seu número “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjo” (Hebreus 12.22).


Porém, é no terreno moral que a revelação bíblia a respeito dos anjos deve ocupar nossa maior atenção. A Bíblia não nos revela em detalhes quando ocorreu a rebelião de Satanás contra Deus, que acabou por envolver um terço dos anjos. Reconhecemos que foi esta rebelião a causadora da queda destes anjos da condição em que haviam sido criados para uma condição de rebelião contra Deus. Anjos são seres pessoais e responsáveis, dotados de escolha e capacidade de discernimento, eles não foram criados em pecado, mas uma parte deles escolheu trilhar o caminho do pecado de Satanás. Reconhecemos pelas Escrituras que há anjos que se mantiveram obedientes a Deus, chamados de “santos anjos” pelo Senhor “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória” (Mateus 25.31), como também há anjos que se rebelaram contra Deus, como revelado pelo apóstolo Pedro “Porque, se Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” (2 Pedro 2.4). Estes “anjos que pecaram” são os que seguiram Satanás em sua rebelião, sendo corrompidos pelo pecado. A Bíblia demonstra que milhares e milhares de santos anjos se encontram na presença de Deus a fim de servi-lo e executar as suas ordens, “Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros” (Daniel 7.10), e ministrando aos salvos “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1.14). Porém, a Bíblia também se refere aos anjos que acompanharam satanás em sua rebelião e que se encontram em oposição aos salvos, como descrito pelo apóstolo Paulo “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6.11,12).


Nos basta uma breve visita a qualquer uma das grandes livrarias seculares para encontrarmos vasto material a respeito deste assunto dirigido não apenas a espiritualistas, mas ao grande público chamado de evangélico. É igualmente notável como um número considerável de blogs e compartilhamentos espiritualistas compartilham experiências sobrenaturais de comunicação entre os anjos e seres humanos, levando muitos a erroneamente crerem que tais experiências são comuns aos cristãos. Deve-se também destacar que a maior parte das seitas tem seu início pela comunicação e avistamento de anjos por parte de seus fundadores, vide os casos do islamismo, adventismo e russelismo. É visível uma crescente fascinação por parte dos evangélicos brasileiros por este fenômeno, popularizando o contato com anjos como algo desejável e espiritual. Porém, tal fato não condiz com a instrução da palavra de Deus, como bem relata o apóstolo Paulo em sua epístola aos colossenses “Ninguém vos domine a seu arbítrio com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando em vão inchado na sua carnal compreensão,” (Colossenses 2.18). Devemos reconhecer que tal fascínio pela comunicação com seres angelicais tem aberto a porta a influência de seres angelicais leais a Satanás cujo comportamento se assemelha a de seu líder “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.13 a 15). O fascínio pelo sobrenatural tem conduzido pessoas bem intencionadas, mas mal orientadas, a seguirem ensinos cuja fonte é maligna, pensando se tratarem de mensageiros do Senhor, como bem nos alertou o apóstolo Paulo “MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” (1 Timóteo 4.1).


Qual o caminho a seguir diante dos enganos promovidos pelo reino das trevas? A palavra de Deus é definitiva nesta questão ao nos exortar “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1.8). Deus já utilizou anjos a fim de comunicar sua vontade ao ser humano? Sim, e muitas vezes, como foram os casos de Ló e também de Zacarias, pai de João Batista, porém a Bíblia é muito clara quanto ao fato que, desde o nascimento de Jesus é ele seu único canal de comunicação com o homem “HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1.1,2). Não há necessidade nem ordem bíblica alguma aos salvos de que se envolvam na comunicação com seres angelicais, se um salvo em Cristo deseja ouvir a voz de Deus, deve ouvir unicamente a seu Filho Jesus Cristo revelado no evangelho!


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Fabiano F. Almeida

Pastor no Templo Batista Maranata em Goiânia GO


Ouça o devocional diário “A BÍBLIA VOS DIZ” transmitido diariamente pela Rádio BBN de segunda a sexta às 13h e 20h e aos sábados e domingos ás 13h30 e 20h30.


Mais estudos bíblicos podem ser encontrados no Blog teologiapragente.blogspot.com e no Podcast Teologia pra Gente.








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