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O Silêncio de Jesus

Foto do escritor: Uélia DiasUélia Dias

Jesus nos permiti conhecê-lo através da bíblia, mostra-nos que é totalmente Deus e totalmente homem Jo 1.1-3 Ele tem poder para salvar, curar e libertar tudo aquilo que nos falta e não temos Cristo possui em abundância. O silêncio do Messias nos constrange, nos trata e nos ensina o tempo do silêncio e o seu modo é determinado por Jesus Cristo de Nazaré. Ele formou e criou todas as coisas antes da fundação do mundo e delimita o período necessário desse silêncio para cada um de nós. Mediante o silêncio o Todo-Poderoso forja o nosso caráter e personalidade, por intermédio dele nos direciona para a escolha certa. Esse ciclo muitas vezes foge da nossa compreensão, causa uma sensação de abandono, desespero e tristeza. Quantas vezes oramos a espera de um milagre específico e Ele não nos responde, permanece em silêncio por horas, dias, semanas, meses e até mesmo anos. Notamos que o povo Hebreu passou por esse processo à espera para sair do Egito e percebemos o silêncio também nos quatrocentos anos do período Interbíblico que é o período entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Examinando o livro de Mt 15. 21-28 percebemos que Cristo foi para uma terra pagã de Tiro e Sidom povoada por gentios, onde hoje é o Líbano, entrou em uma casa e o seu desejo era que ninguém soubesse que Ele estava ali, contudo sua presença não foi mantida em segredo, observamos que se Jesus entrou em uma casa é provável que Ele ali tivesse discípulos porque tendo em vista a historicidade bíblica Cristo só frequentava casa de judeus e / ou discípulos. Uma mulher estrangeira cujo nome não está descrito no texto, porém é de origem siro-fenícia (cananeia) foi clamando ao encontro de Jesus implorando que expulsasse o demônio de sua filha, todavia Jesus se manteve em silêncio, não lhe respondeu nada, esse silêncio demonstrado pelo Rei dos Judeus com certeza foi terrível para aquela mulher que possivelmente já havia enfrentado várias barreiras para sair ao encontro do Mestre, deixou sua filha pequena endemoninhada sozinha em casa, correndo riscos, deixou o seu problema de lado, abandonou o seu orgulho, o seu ego, os seus sentimentos e teve o ato de fé de ir ao encontro do Salvador. O Sumo sacerdote se manteve em silêncio, não falou nada, porém os discípulos pediram que a mandasse embora, o que poderia ter levado a estrangeira a desistir, mas não, ela não desistiu, pois estava convicta e cheia de fé tendo plena certeza de que Jesus era Deus e a solução para sua necessidade, o desejo de ver a cura de sua filha transpôs as barreiras culturais e religiosas para aproximar-se dEle. A reposta de Yeshua poderia ter marcado ela de maneira profunda, pois Ele a informou que veio para o povo Judeu e ela era cananeia, assim como Raabe adorava deuses estranhos, era um povo perverso ao ponto de sacrificar crianças no templo. O silêncio do Príncipe da Paz não foi impedimento para que a cananeia se prostrasse e o adorasse reconhecendo a soberania do Eterno e mais uma vez o Rei dos reis lhe responde de maneira firme, não é justo dar o pão dos filhos aos cachorros, contudo ela reconheceu que as migalhas de Cristo lhe bastava para que sua filha fosse curada e compreendeu sua mensagem, reverentemente usou a metáfora do Senhor para requerer um lugar em seu coração, a fé da mulher mostrou-se maior e mais verdadeira do que a demonstrada pelos mestres e líderes religiosos e assim o Santo de Israel curou a sua filha. Mesmo diante das adversidades impostas ela abnegou-se de sua natureza e do seu orgulho no ato de fé, sabendo que Jesus é Deus e que poderia solucionar o seu problema, sendo misericordioso, bondoso e compassivo, mesmo no silêncio ou aparentemente na demora Ele não está alheio a nossa situação adversa e a história do ser humano, porém precisamos manter a fé firme no Senhor confiante de que Ele é poderoso para nos ouvir e mudar qualquer história e circunstância nos conduzindo a viver em novidade de vida. Essa mulher se lançou aos pés do Rei de Israel e encontrou libertação para sua filha, para seus traumas e para suas feridas, ela o clama, vai atrás dEle, se prostra e o adora, transformou seu problema em adoração, essa senhora já tinha ouvido falar de Jesus que Ele cura, liberta e salva. O clamor dessa mãe é cheio de empatia, ela se coloca no lugar da filha e a necessidade da filha é sua necessidade, ela trás consigo um senso de urgência ao clamar porque possivelmente Jesus não voltaria mais a sua região, estava disposta a enfrentar qualquer obstáculo para ver sua filha curada, não desistiu, permaneceu firme em seu propósito, insistiu e se humilhou. O tratamento de Jesus pareceu duro demais, Ele não foi preconceituoso, alienador, não foi insensível, todavia precisava tratar a mulher antes de resolver o seu problema, o Senhor trata os nossos corações antes de derramar as bênçãos celestiais sobre as nossas vidas, o silêncio de Jesus nos trata. A fé da mulher glorificou e honrou a Jesus, foi o elo que ligou a sua impotência a Onipotência de Jesus que ministrou cura imediata na vida da sua filha. Jesus é poderoso para hoje atender o nosso desejo, o nosso clamor, para restaurar os relacionamentos, para curar as emoções, portanto insista, persevere, clame, se humilhe, adore e busque ao Senhor de todo o teu coração, com toda tua alma, com toda tua força e com todo teu entendimento porque Elohim é poderoso para fazer bem mais daquilo que pedimos e imaginamos.



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