Nos últimos anos muito se fala em revitalização de igrejas. Mais recentemente, algumas escolas teológicas criaram cursos para treinar missionários revitalizadores. Nos debates entre lideranças de igrejas, o tema ganha cada vez mais espaço. Assim, podemos perceber que se trata de uma assunto importante e relevante que nós precisamos conhecer.
O verbo revitalizar significa, “tornar a vitalizar; insuflar nova vida ou novo vigor em”. Sabemos que a Igreja de Cristo permanecerá até que Ele volte, mas também sabemos que igrejas locais nascem, crescem, e podem perder a vitalidade, adoecer e entrar em declínio. Isso ocorre porque as igrejas são compostas por pessoas que, mesmo regeneradas, continuam sendo pecadoras. O NT trata extensamente desse tema e as sete cartas às igrejas em Apocalipse registram esse fato histórico.
O autor Mark Driscoll, no livro “Reformissão” disse que nos EUA mais de três mil igrejas fecham as portas todos os anos. Outros autores e pesquisadores relatam que mais de 90% das igrejas estadunidenses tem menos de uma centena de pessoas nos cultos regulares e mais de 80% das igrejas organizadas naquele país estão estagnadas ou em declínio (Harry L. Reeder III e David Swavely: “A revitalização da sua igreja segundo Deus”). Estou citando dados dos EUA porque desconheço pesquisas realizadas aqui no Brasil. Mas a nossa realidade não deve ser tão diferente.
Sabendo que o problema existe, faremos bem em nos prepararmos para o enfrentamento. A falta de preparo, mesmo em pessoas bem intencionadas, é um risco. É perigoso não dar a devida atenção ao preparo, pois é assim que nascem as heresias. Todos nós sabemos que as heresias estão firmadas em textos bíblicos mal interpretados na busca de soluções de problemas doutrinários e práticos.
Quando uma pessoa está doente, os médicos, geralmente, começam pelos sintomas e depois partem para os exames clínicos em busca do diagnóstico e possível tratamento. A igreja é um corpo e, como tal, também apresenta sintomas que, se levados a sério, podem conduzir à identificação da enfermidade, possibilitando diagnóstico e, consequentemente, ao tratamento.
Thom S. Rainer, presidente da Lifeway Christian Resources, estuda e escreve sobre revitalização de igrejas e, em um artigo publicado recentemente (1), ele apresenta onze sintomas de uma igreja que demonstra estar doente e precisando de revitalização.
Não vou aqui tratar do texto, mas deixarei a referência no final, para os que se interessarem possam procurar. O que intenciono neste momento, é apenas chamar a atenção para que, oportunamente, façamos algo a respeito. Quem sabe, formar um grupo de pastores para uma discussão formal sobre o tema?
(1) Anatomia de Uma Igreja Doente – 11 Sintomas a Observar. Thom S. Rainer em thomrainer.com
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