Participar de uma mesa com boas companhias e com uma boa conversa é muito bom, elas atingem os extremos, do sublime ao sensacional. Estudando o Novo Testamento e analisando como as pessoas daquele tempo mantinham suas refeições e observando o comportamento de Jesus e seus discípulos, quase sempre eles faziam refeições simples e mantinham o grupo pequeno, não faziam grandes festas, nem elegantes banquetes com decorações exuberantes, não tinham um protocolo sofisticado e formal, notamos essas evidências quando comeram a refeição da Páscoa. Muitos séculos se passaram desde aquela noite em que Jesus se sentou para comer a última refeição com seus discípulos, era simples, porém carregada de significados e extremamente importante Lc 22.14-18, tomando por base a Páscoa fazemos um paralelo com os nossos dias e somos convidados a despertar para que possamos estar juntos com o Messias em sua mesa. Os séculos se passaram e as refeições têm tomado outros significados, infelizmente têm caído nas armadilhas dos “excessos” de rituais complicados e de distinções, tem perdido a simplicidade que cercava à mesa na qual Cristo e seus discípulos se reuniram para ceia naquela noite final. É na mesa que o Pai da Eternidade nos orienta a não cometer desperdícios Jo 6.12, é na mesa que o Salvador tem um jantar perfumado Jo 12. 1-3, é na mesa que lava os pés dos discípulos Jo 13.1-5, é na mesa que anuncia o traidor Lc 22. 21, é na mesa que somos capazes de agradecer por tudo que o Rei dos reis fez, é na mesa que nos tornamos aptos a ouvir as palavras de vida eterna, é na mesa que podemos compreender o coração do Príncipe da Paz, é na mesa que aprendemos servir, é na mesa que nos tornamos adoradores, os que possuem intimidade e relacionamento com Cristo Jesus aprendem à mesa, o Redentor sentava-se à mesa com publicanos, pecadores, doentes, pobres, deficientes e com os discriminados Mc 2.15. Jesus nos chama várias vezes dentro da sua palavra para estarmos à mesa com Ele, estar à mesa vai muito além de comer juntos, se comemos juntos é porque queremos estabelecer intimidade e relacionamento, enquanto comemos olhamos nos olhos, conversamos e passamos a fazer parte um do outro. É na mesa que partilhamos o pão, dividimos as proteínas e nutrientes que encontramos nos alimentos, a palavra de Deus tem todas as substâncias que necessitamos para nos desenvolvermos espiritualmente e para que possamos ter acesso a elas é necessário nos sentarmos à mesa com o Filho do Deus Vivo e sua palavra. O Espírito Santo irá nos ensinar e revelar as palavras das escrituras sagradas e como nos portar diante da mesa do Alfa e Ômega Jo 14. 26, os discípulos por algum tempo não tinham dimensão da preciosidade da companhia na qual eles viviam e da amplitude da obra do nosso Salvador e se preocupavam em definir quem era o mais importante e muitas vezes nós nos portamos da mesma maneira, podemos ter o Santo de Israel sentado à nossa mesa e desfrutar da sua companhia, pela fé. O cordeiro de Deus nos concede a oportunidade de termos mesas solidarias, acolhedoras para que possamos conectar os nossos corações e aquecer as nossas almas oferecendo esperança. Jesus é a nossa referência de estar sentado à mesa, ele partilha as refeições conosco, para o Sumo Sacerdote esses momentos são preciosos e nesses instantes de comunhão o Rei de Israel transmite os Seus ensinamentos. Que possamos refletir sobre o que colocaríamos em nossas mesas se Jesus fosse o convidado? Como serviríamos a Cristo e aos outros? Que consigamos perceber que através de partilhar os alimentos encontramos a presença redentora de Cristo Jesus. É nessas circunstâncias de comunhão que Jesus molda os nossos corações e mente através do seu amor e quando aceitamos o outro em nossa mesa os relacionamentos são consolidados e os laços de amizade fortalecidos.
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