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Uma Chave Para a Solidão Pastoral

Foto do escritor: Bruno OliveiraBruno Oliveira

Provavelmente a maioria de nós já tenha lido e ouvido que o exercício do ministério pastoral trata-se de uma nobre e excelente vocação, no entanto, árdua, sobremaneira desgastante e paradoxalmente solitária.


É compreensível, a meu ver, a dureza e as dificuldades inerentes ao pastorado pois, o pastor está à vanguarda de uma guerra espiritual, pelejando frente à frente com o inimigo, resgatando os cativos pela proclamação do Evangelho, cuidando dos feridos, discipulando novos crentes, cooperando com a obra missionária, consolando os de pouco ânimo e, principalmente; amando e a aprendendo a amar a todos, sobretudo os ingratos, oportunistas e falsos amigos.


No entanto, o que me gera estranheza é a SOLIDÃO ministerial mencionada e reclamada pelos pastores evangélicos dos nossos dias.


A Bíblia nos diz em Provérbios 18:24 que: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão”. Esta passagem nos revela, dentre outras coisas que, um dos princípios para se fazer novos amigos e manter os atuais é ser amigável.


Em poucas palavras, ser amigável significa amar o próximo com um amor não fingido, direcionando-lhe sua atenção, respeito e boas obras! Não tomarei tempo para discorrer sobre isso, mas imagino que, muitos pastores ainda não aprenderam o quanto se deve pagar para se ter e preservar amigos verdadeiros e amizades duradouras!


Ademais, e não menos importante, outro princípio a ser observado em Provérbios 18:24 é que, “há um amigo mais chegado” (próximo e confiável) do que um irmão de sangue!


Normalmente fazemos a aplicação deste texto à pessoa de Jesus Cristo (nosso Melhor Amigo) e, não tenho dúvidas de que Ele seja (e é) o nosso Melhor Amigo! Não obstante, também creio que, Salomão queria dizer que existem pessoas que são mais próximas e confiáveis do que os próprios membros da nossa família!


Em conversa com alguns pastores, perguntei-lhes sobre a solidão e se tinham um amigo para se abrirem e desabafarem. Para minha surpresa, vários me disseram que não tinham ninguém em que pudessem confiar totalmente, que os ouvisse com empatia e que fosse espiritualmente capaz de ajuda-los a superarem suas crises internas e problemas ministeriais.


Assim como é difícil encontrar uma mulher virtuosa de acordo com Provérbios 31:10 “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis”, a Bíblia também afirma em Provérbios 20:6 que homens fidedignos são uma raridade: “A multidão dos homens apregoa a sua própria bondade, porém o homem fidedigno quem o achará?”


A verdade é que, mesmo junto ao povo de Deus, ainda faltam homens fidedignos e espiritualmente maduros! Há uma escassez de homens que saibam aconselhar e ao mesmo tempo garantir a privacidade e o sigilo daqueles que lhes confiaram os segredos da alma e da própria família! Onde estão estes grandes homens? Onde estão os amigos mais chegados que um irmão?


Para mim, esta é a chave para resolvermos, pelo menos, em parte, o problema da solidão pastoral! É importante que, nós pastores, além de nos mostrarmos verdadeiramente amigáveis uns para com os outros, sejamos também o “homem fidedigno” e “amigo mais chegado que um irmão” daqueles que, assim como nós, carecem de uma boa palavra e um ombro amigo!


Que o Senhor nos abençoe!








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