Pastores Intelectualmente Preguiçosos
No artigo anterior, refletimos sobre a procrastinação da saúde do corpo e a ausência da prática regular de atividade física na vida dos pastores. Entendemos esta falta como uma negligência que traz consigo resultados contraproducentes a médio e longo prazo pois, compromete a qualidade e a duração do ministério pastoral. Afinal, um pastor torna-se humanamente limitado quando está enfermo ou fisicamente indisposto!
Hoje, em continuação às negligências que promovem a autossabotagem pastoral, destacaremos a preguiça intelectual encontrada em muitos pastores do meio batista tradicional.
Infelizmente, há pastores que não se aprofundam no estudo e na meditação das Escrituras Sagradas e, por isso, subnutrem o rebanho de Deus com sermões rasos, repetitivos e entediantes.
Já se perguntou porquê muitas pessoas fazem reserva, viajam quilômetros e pagam caro para almoçarem em determinados restaurantes e/ou churrascarias? A resposta é simples: Porque a comida servida nesses lugares é excelente e diferenciada! Por isso, as pessoas falam bem do local, recomendam e sempre voltam!
Em contrapartida, até hoje não conheci ninguém que tenha saído de casa para ir a um restaurante tão somente para comer arroz com feijão! Pergunto: Você faria isso? Você faria uma reserva, andaria quilômetros e pagaria caro por um simples prato de arroz com feijão? Francamente, acredito que não!
Lamentavelmente há muitos pastores servindo apenas arroz com feijão em seus cultos! O pior é que, esses mesmos pastores ainda não entenderam porquê as pessoas estão desanimadas, entediadas e cada vez mais ausentes!
Quando os sermões apresentados semanalmente são pobres e pouco relevantes, a congregação sofre uma espécie de “paralisia infantil”, além de estar eternamente condenada a “repetir o ano” naquela que deveria ser a melhor escola do mundo, isto é, a igreja local.
Imagine você e toda a sua família indo à escola durante toda a vida, mas, com um porém, vocês sempre estarão matriculados no 1º Ano do Ensino Fundamental. O que você acharia dessa experiência? Terrível, não?
Pois bem, infelizmente há pastores pouco dedicados que estão condenando suas ovelhas a esta trágica experiência!
Tamanha negligência poderia ser evitada se, ao menos, os pastores (independentemente do grau de experiência ou formação) combinassem com três a cinco amigos (irmãos em Cristo com boa formação teológica) para que sejam seus críticos pastorais em privado, isto é, serão aqueles cuja missão será apontar eventuais falhas na apresentação dos seus sermões e a tecer recomendações que corroborem para o progresso dos pastores avaliados. Isso os ajudará a enxergarem seus “pontos cegos” e os auxiliará a corrigi-los adequadamente. Sempre visando o bem da igreja local e a expansão do Reino de Deus.
Ademais, sugere-se que, cada pastor se autocritique, avaliando seu tempo de estudo, oração e meditação nas Sagradas Escrituras.
Compreendemos que, a vocação pastoral é uma bênção divina carregada de responsabilidades e glórias futuras! Falhar nesta missão é falhar perante Deus!
Desta forma, sejamos sempre sóbrios e fielmente diligentes, sem preguiça ou displicência diante do excelentíssimo Trabalho que nos foi confiado!
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