Como Sabotar seu Próprio Ministério Sem a Ajuda de Satanás
A excelência da vocação pastoral demanda excessivos e constantes cuidados do servo de Deus (o pastor) frente às complexas e mais distintas experiências vividas pelos crentes da atualidade. Apesar de sua pré-disposição em servir, é inexequível que o pastor saiba lidar com notório saber teológico e empírico em todas as áreas requeridas de seu ministério.
Consequentemente, cria-se uma nuvem de cobranças internas e externas demasiadamente grandes e perniciosas, deixando-o sobremaneira acuado, sobrecarregado, com um nível de estresse elevadíssimo e com um rendimento aquém das próprias expectativas.
E, como se não bastassem os desafios inerentes ao ministério pastoral, somam-se a esses os danos causados pela negligência em áreas específicas de sua própria vida.
Cabe ressaltar que, a negligência abordada neste artigo trata-se de uma forma de embaraço (vide Hb. 12:1) e não necessariamente de um pecado. E este embaraço, por si só, é capaz de estorvar sobremaneira o cumprimento da carreira divinamente proposta ao pastor.
Desta maneira, conscientemente ou não, o pastor contribui para sua autossabotagem e, ironicamente, sem depender da “ajuda” de satanás.
Dentre uma das muitas negligências pastorais a serem mencionadas, destaca-se a procrastinação da saúde do corpo e a ausência da prática regular de atividade física.
Uma pesquisa local revelou que 44% dos pastores não praticam nenhum tipo de atividade física, 77,8% estão com sobrepeso e 5,5% apresentam obesidade de grau I.
Lamentavelmente, muitos pastores compreendem a prática regular de atividade física como uma espécie de entretenimento secundário e facultativo. Ignoram os benefícios advindos da prática esportiva e como esta pode impactar positivamente suas vidas pessoais e ministeriais.
De acordo Ana Paula Oliveira Santos, fisioterapeuta especialista em Oncologia e coordenadora do Comitê de Fisioterapia da ABRALE, no artigo publicado por Natália Mancini: “Benefícios da Atividade Física para a Saúde”, de 18 de março de 2021, “(…) a prática regular de atividade física promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece o sistema imunológico e ajuda a manter o peso corporal adequado. Ademais, melhora o condicionamento físico, qualidade do sono, controle do estresse e o desempenho cognitivo. (1) “O corpo humano necessita de movimento, tornando-se fundamental para a saúde praticar atividades, tanto para tratar, quanto para prevenir doenças”, (2) ela diz. Ressalta.
Ana Paula O. Santos ainda afirma que, “como consequência da prática, há uma diminuição no desenvolvimento de doenças causadas pelo sedentarismo. Como doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão, insônia e o câncer.”
Diante do exposto, não resta dúvidas que, negligenciar a prática regular de atividade física trará a médio e longo prazo sérios prejuízos à vida do pastor, seja em âmbito físico, emocional, espiritual, como também financeiro. E, com a saúde comprometida, obviamente seu brioso ministério tornar-se-á limitado, doloroso, de curta duração ou com término precoce.
Portanto, cabe agora aos pastores atualmente sedentários uma reavaliação de suas vidas sob um prisma físico (corporal), provocando intencional e imediatamente uma mudança de hábitos, que resultará em longevidade e qualidade de vida para o exercício saudável da prática pastoral.
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