Criamos filhos para quê?
- Genaina Reder
- há 4 horas
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Dia das mães sempre é propício à reflexão do nosso papel de mães cristãs. Ser mãe ainda é uma tarefa carregada de simbologias e representações como o início da vida, o nascimento, o ciclo da fertilidade e a renovação. Também é cerca de mitos, tais como:
1. A maternidade é "natural" e intuitiva. A verdade é que a maternidade exige aprendizado e adaptação. Não há garantias de que a mãe saiba tudo desde o início. Quando nasce um filho, nasce também uma mãe.
2. O amor de mãe é incondicional. Isso é uma verdade, mas mães podem sentir uma série de emoções complexas, incluindo dúvidas, medo e cansaço, e isso não significa que elas não amem seus filhos ou não estejam prontas para a maternidade, significa apenas que somos humanas e limitadas, como qualquer ser humano.
3. Mães devem se dedicar exclusivamente aos cuidados com o bebê. As mães também precisam de tempo para si mesmas, para cuidar da sua saúde física e mental, e para manter seus interesses e relacionamentos.
4. A amamentação é sempre fácil e prazerosa. Verdade: Na verdade, a amamentação pode ser desafiadora, com dificuldades como ingurgitamento mamário, fissuras nos mamilos e problemas de pega, e isso não significa que a mãe está fazendo algo errado ou quando a dor é maior que o prazer de amamentar, sejamos consideradas megeras.
Mas, o que me pega mesmo é pensar como reagimos frente às cobranças impostas pela sociedade e pela igreja no que diz respeito à educação dos nossos filhos. Queremos que eles cresçam bem ajustados, que sejam bons alunos, educados, gentis, bons cristãos. Não há nada de errado em desejar isto, pelo contrário, devemos trabalhar para que isso aconteça, mas cheguei à conclusão, após criar dois filhos e acompanhar o desenvolvimento de dezenas de crianças como professora, que focamos demais no comportamento deles e negligenciamos seus corações. Acabamos criando filhos religiosos e não tementes a Deus, que amem a Deus acima de todas as coisas. Levamo-los para a Igreja, para a Escola Bíblica Dominical, ensinamos a Palavra de Deus, ensinamos a cantar louvores e eles aprendem com muita facilidade tudo isso, mas deixamos de apresentar a eles o verdadeiro Evangelho da graça.
Deixamos de confrontar seus comportamentos inadequados com a Palavra de Deus. Eles aprendem a ter medo e não a temer a Deus. Queremos que eles não nos envergonhem diante dos outros, mas nos esquecemos de que Deus olha o coração e não o comportamento. A Bíblia nos ensina que as mulheres mais velhas devem ensinar às mais novas. Se eu pudesse dar um conselho às mamães jovens de hoje, eu diria: ensine seu filho(a) a amar a Deus acima de todas as coisas e não a obedecer a você a qualquer custo. Não ensine que Deus vai ficar bravo se ele(a) não te obedecer, mas ensine que ele(a) desobedece porque é pecador(a) e que a única forma de conseguir ser obediente é por meio da fé em Jesus Cristo, que morreu para nos dar salvação e vitória sobre o pecado. Essa forma de educar pode não render elogios humanos imediatos em relação ao comportamento dos nossos filhos, mas a médio e longo prazo vai transformar o coração deles e nos dar a certeza que mais importa: criamos filhos para glorificar a Deus com suas vidas.
Que a graça de Deus nos capacite a ser mãe, porque não existe receita. Feliz dia das mães!
Genaina Reder
Guarulhos SP
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