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Foto do escritorGenaina Reder

Deus e eu: Relacionamento ou encontros casuais?

Li em um artigo[1] que espiritualidade pode ser entendida como o conjunto de crenças que traz vitalidade e significado aos eventos da vida. É a propensão humana para o interesse pelos outros e por si mesmo. Ela atende à necessidade de encontrar razão e preenchimento na vida, assim como a necessidade de esperança e vontade para viver.

 

Desde que o mundo é mundo o ser humano busca se relacionar com o divino, com o sobrenatural. Desde que o mundo é mundo, Deus oferece ao homem a oportunidade de relacionar-se com o criador. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis" (Romanos 1.20).

 

O nosso grande desafio enquanto seres com dimensão espiritual, é compreender que o relacionamento que Deus busca conosco não é religioso, mas pessoal. Muitos de nós não conseguimos enxergar o Deus pessoal que se manifesta a nós desde a função do mundo. Deus, embora seja espirito, sempre priorizou relacionar-se. Antes da fundação do mundo, na eternidade, quando não existia, a trindade já era realidade e já expressava o quanto Deus valoriza o relacionar-se. Quando Deus Pai, Deus Filho e o Espirito Santo em perfeita harmonia criaram todas as coisas e trouxeram o homem à existência, Deus revela-se à esse homem de forma direta e próxima e mais uma vez declara seu propósito de estabelecer relacionamentos, criando a mulher e unindo-a ao homem e ainda assim busca estar com eles continuamente no Éden, estabelecendo uma relação de amizade e cuidado.

 

O problema é que a queda, o pecado que entrou no mundo por meio da desobediência dos primeiros seres vivos, “estragou” o relacionamento que Deus planejou ter com o homem, fazendo Dele alguém distante e inacessível. Mais uma vez Deus veio ao encontro do homem, buscando restabelecer o relacionamento quebrado. Em 2 Coríntios 5.18 a Bíblia diz que Deus reconciliou a humanidade com ele por meio de Jesus Cristo, mas parece que não entendemos muito o que isso significa, não entende que Deus deseja relacionar-se com o home para além da religiosidade. Em Jesus Deus nos garante:


1.      Paternidade. Existe relacionamento mais íntimo? Em Efésios 2.18, a Bíblia diz que por meio de Jesus, temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.  

2.      Filho pode entrar no quarto do Pai e incomodá-lo no seu descanso. Sim, podemos chegar ao trono da graça, conforme o versículo 16 do capítulo 4 de Hebreus, que diz: "Assim, aproximemo‑nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade".

3.      Filho trata o pai com intimidade: Papito, Paizinho, painho, Papi, Paizão. Romanos 8.15 nos ensina a clamamos: “Aba Pai”.

 

Precisamos exercitar nosso relacionamento com Deus com menos religiosidade e mais gratidão, espontaneidade, amor. Ele não nos salvou e nos chamou para nos relacionarmos com Ele em lugares e horários marcados, em visitas breves e formais. Acredito que Ele quer nos ter em seus braços, quer sorrir conosco (difícil imaginar Deus...).

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