“Todavia estou de contínuo contigo; tu me sustentaste pela minha mão direita”
(Salmos 73. 23).
Li certa vez de um alpinista nas montanhas que descobriu flores raras em uma rampa íngreme. Apesar de ter uma corda consigo, ele não teve coragem de descer até o local. De repente, um pastorzinho apareceu. O alpinista perguntou se ele poderia apanhar um pouco daquelas flores maravilhosas para ele. Ele o faria descer pela corda e lhe daria uma recompensa. O garoto avaliou o estranho com ceticismo, então desapareceu tão rapidamente quanto havia surgido. Depois de algum tempo, ele retornou. Com ele veio um homem forte e de aparência agradável. "Agora eu estou pronto pra descer a rampa", disse o menino. "Mas esse homem deve segurar a corda. Ele é meu pai"!
William Carey teve uma conversa com seus amigos, quando pediu a eles que se comprometessem com a obra missionária. Ele planejava ir para o campo missionário, mas os seus amigos precisavam “segurar as cordas” enquanto ele descia ao fundo do poço do pecado para resgatar os perdidos. Deus nos conhece, Ele sabe das circunstâncias que enfrentamos em nossa vida e sabe exatamente como nos segurar. Nós podemos confiar n’Ele. Nós estamos seguros com Ele. Entretanto, nós precisamos entregar a nós mesmos completamente com tudo que temos e somos. Todos que são filhos de Deus por meio da fé no Senhor Jesus sabem que são amados, cuidados e firmemente seguros por Deus.
Saulo foi para Damasco com o propósito de perseguir os cristãos e pela intervenção do Senhor Jesus se tornou um cristão. Talvez com a mesma corda que levou para prender os cristãos ele foi amarrado para descer pelo muro de Damasco. Mas havia alguns irmãos segurando a ponta da corda por onde Paulo desceu e depois partiu para Jerusalém. Naquele momento ele estava na ponta de baixo da corda mas com a certeza de que Deus havia colocado na ponta de cima seus servos fiéis. Além dos intercessores, o obreiro necessita de mantenedores, pessoas que contribuam para o seu sustento mensal.
Em Damasco, o governador nomeado pelo rei Aretas mandou que se vigiasse a cidade para prender Paulo. Mas de uma janela na muralha ele foi baixado num cesto e escapou das mãos dele. Há momentos na igreja ou no campo missionário que o líder está segurando as duas pontas. São aqueles momentos em que ele sente a falta de alguém para ajudá-lo na obra, de corações que oram por ele, de irmãos que o aconselham e consolam. Momentos em que ele se encontra na decisão de segurar todo mundo; novos convertidos, crentes desanimados, famílias desestruturadas, irmãos necessitando de ajuda material e aí ele precisa que alguém esteja do outro lado da corda.
O obreiro é aquele que se dispõe a comprometer o seu tempo, seus recursos e talentos na Obra de Deus. Ele quer dar-se a si mesmo a Deus e para isso, está sempre disposto a arregaçar as mangas e trabalhar. A corda representa a verdade bíblica de que Missões é um trabalho de equipe.
Há somente duas posições onde você deve estar na obra de Deus: ou você é chamado para descer ao poço, ou você é chamado para segurar a corda para aqueles que irão descer. De qualquer modo demanda trabalho. Ou você vai como missionário, para a glória de Deus e pelo grande privilégio que Ele lhe concedeu ou você está do outro lado segurando a corda para aqueles que estão descendo. De que lado da corda você está?
Se você não está em condições de descer pela corda, seja por alguma deficiência, pela idade avançada, por questões de saúde, Deus pode lhe usar para segurar o outro lado da corda, orando, ofertando, aconselhando, enquanto os obreiros fazem a obra que Deus lhes confiou.
Talvez Deus não tenha chamado você para ser um missionário. Então, a questão é: se você não está na ponta de baixo da corda, precisa estar na ponta de cima.
Pense nisso.
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