O evangelho de Jesus é inclusivo, pois é destinado a todos, sem exceção ou distinção de qualquer forma. Todavia, dizer que o evangelho de Jesus é inclusivo, sem aceitar que ele também é transformador, significa exercitar a prática sofismática da "teologia inclusiva", pois apesar de Jesus não fazer distinção de pessoas, todos que tiveram uma oportunidade com Ele, foram advertidos a mudar de vida. Aliás foi assim que Ele agiu com a mulher adúltera trazida pelos fariseus. Jesus não a condenou como os outros, mas lhe disse taxativamente: "Agora vá e abandone sua vida de pecado" (João 8.11).
O apóstolo Paulo diz: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12.2). Portanto, para alcançar os pecadores é preciso amá-los e achegar-se a eles, assim como Jesus se achegou a uma mulher samaritana. Entretanto, um evangelho inclusivo, mas sem transformação, não liberta e trata-se de um evangelho falso.
A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as ações humanas, sejam quais forem. Contudo, a falácia desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente diz que Ele é santo, justo e que sua vontade é que todos cheguem ao arrependimento dos seus pecados.
Hodiernamente existe uma tentativa de reinterpretar passagens bíblicas com objetivo de legitimar uma variedades de pecados que Deus condena, com a alegação de que Deus é amor, mas "esquecem" que Deus é perfeito e seu amor não é maior que sua santidade e justiça.
Amor, santidade e justiça compõem uma tríade perfeita do próprio Deus. Não considerar a santidade e a justiça de Deus, tendo por prevalente o seu amor, significa desconsiderar totalmente o sacrifício expiatório de Jesus na cruz do calvário. A tríade dos atributos morais de Deus é indivisível e subsiste com a mesma qualidade e intensidade, nenhum dos seus componentes prevalece sobre o outro.
Portanto, o evangelho de Jesus é inclusivo e transformador!
Silvio da Costa Bringel Batista
Diácono da IBDP - Manaus AM
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