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Projeto Ricardo Camargo

Este é um depoimento que brota do coração de uma serva de Deus:


Somos humanos e não estamos preparados para aceitar a morte. Dia 13 de janeiro o Senhor recolheu minha mãezinha. Difícil sim, mas como foi consolador ver como Ele cuidou de cada detalhe e nos preparou e a preparou também para esta separação temporária. Como uma das minhas irmãs bem falou no culto de despedida, ela não era perfeita como nós também não somos, mas ela era filha de Deus e o servia de todo o coração.

 

Seu pastor também falou algo muito precioso, “Ela escolheu a solitude, isto não quer dizer solidão”, nós como filhas aprendemos a respeitar isso assim como seus amigos mais chegados. Mesmo com seus 83 anos, não parava, participava do artesanato da igreja, dava aula de artesanato para um grupo de mulheres em uma chácara. Participou por anos do projeto Pão e Vida da sua igreja que pararam depois da pandemia, ela sentiu muita falta, levantava todas as terças-feiras as cinco horas da manhã e iam ao hospital da Unesp servir o café da manhã para o pessoal que fazia hemodiálise.

 

Num dia ela estava ativa e sorrindo junto das amigas e no outro dia estava sorrindo na presença do seu Senhor. Minha mãe, um exemplo de dedicação e amor ao próximo, difícil pensar que não está mais aqui conosco. Tudo que ela colocava a mão para fazer o fazia com perfeição. Poderia escrever muitas coisas sobre minha mãezinha, mas vou terminar assim, ela vai fazer muita falta não só para a família, mas para todos aqueles que foram tocados através da sua vida como o seu cuidado, o seu carinho, as suas brincadeiras e o seu sorriso.

 

Foi e tem sido difícil voltar à rotina, mas isso me ajuda a superar o momento, como também longas caminhadas e ouvir louvores bem alto nos fones de ouvido. Ontem enquanto íamos para uma visita, o Santiago me perguntou: Como você consegue lidar com a morte e tanto sofrimento no projeto?


Como responder a esta pergunta, acompanho pessoas em situações muito complicadas e alguns até a hora da sua partida. Dói e sofro junto, mas a morte chega como um alívio para a pessoa e o meu coração descansa com isso. Claro que passo alguns dias fazendo uso da minha terapia que citei acima.

 

Também sempre posso contar com a minha filha, que apesar da distância física sempre está muito pertinho e a minha Dindinha que me “suporta” por décadas, tadinha. Nestes anos além da amizade da família, que é meu esteio, Deus tem acrescentado muitos amigos que as vezes sem saber são usados por Deus como anjos para suprir todos os tipos de necessidades que aparecem no meu dia a dia, fazem através de um oi, uma palavra, uma oração, uma oferta, um abraço, um sorriso.

 

Segunda-feira quando estava saindo de uma visita no hospital infantil aonde a família só aguardava o último suspiro de sua filhinha de 11 anos, a tia me abraçou e eu pude compartilhar com ela a motivação com que faço o que faço. Disse a ela que aprendi não esperar nada de ninguém e faço o que gostaria que fizessem por mim. Nossa luta ainda não acabou, só vai terminar quando entramos na Glória. Então vamos continuar firmes em direção ao alvo de aumentar o nosso grupo de salvos.

 

No amor de Cristo Irani Camargo

WhatsApp: (17) 99739-0042

 

 

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