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Um bilhete cheio de compaixão - a carta de Filemom

Foto do escritor: Pércio CoutinhoPércio Coutinho

 

Introdução[1]

                                                                                  

1.Autor da carta

Paulo escreveu para Filemom quando estava preso em Roma. Ele escreveu para a igreja em Colossos e para Filemom que era da mesma igreja. Provavelmente, as duas cartas foram entregues pelo mesmo mensageiro na mesma época.

 

2.Data e local da carta

Paulo estava preso em Roma. Deve ter sido escrita em 61 a.D.

 

3.Cidade

As mesmas informações estão na carta aos Colossenses, pois Filemom era daquela cidade.

 

4.Objetivo da carta

É uma carta curta e tem como objetivo pedir para o amigo e irmão em Cristo, Filemom, receber e perdoar o escravo fugitivo, Onésimo. Deus levou Onésimo para aquela prisão dando a oportunidade dele ouvir o evangelho e se converter. A partir daí, Deus prova a fé de Onésimo em mudar de atitude. Prova a fé de Paulo em se oferecer para pagar a dívida de Onésimo e prova a fé de Filemom em receber e perdoar alguém que, naturalmente, perdera toda a confiança.

 

5.Versículo-chave da carta

“E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, lança-o minha conta” (Fm 18). Lançar na conta é a doutrina da Imputação. Cristo Jesus fez isso por nós, assumindo os nossos pecados e colocando a Sua justiça sobre nós.

 

6.Tema e palavras-chaves

O tema dessa carta é “Imputação”. A palavra mais evidente dessa doutrina é “conta”. A outra palavra chave é “receber” ou “recebe-o”. Foi assim que Jesus nos recebeu. Éramos devedores.

 

7.Dificuldades e curiosidades encontradas na carta

1) Inútil e útil (v.11). O nome Onésimo significa “proveitoso”. Paulo usa um trocadilho. Antes ele era “acrestos” (inútil), mas agora se tornou “crestos” (útil). O evangelho é transformador. É o verdadeiro avivamento.

 

2) Quem deve a quem? (v.19). Paulo, cordialmente, pede a Filemom que receba a Onésimo. No entanto, se Paulo quisesse poderia dar uma ordem por ser o apóstolo. O quanto pudermos devemos exercer a cordialidade e não a autoridade.

 

O caráter de Filemom e a intercessão de Paulo por Onésimo

Paulo estava em sua primeira prisão em Roma, tendo por companheiro Onésimo, escravo de Filemom, um senhor rico de Colossos, onde possivelmente funcionava uma igreja em sua casa. Onésimo significa “útil, proveitoso”, nome comum dado aos escravos do Império Romano. Mas ele não honrou o nome, fez algum mal para o seu senhor, talvez tenha roubado dinheiro e fugido.

 

Filemom, usando dos benefícios da lei romana, por certo entrou em contato com alguém de Roma que conseguiu prender Onésimo. Para a felicidade de Onésimo seu companheiro de cela era Paulo, de quem ouviu o Evangelho e se converteu.

 

A lei romana determinava que se alguém se apoderasse de um escravo de outro ou desse a este refúgio, devia pagar cada dia de serviço em que estivesse longe da casa de seu senhor. Paulo não deu refúgio, mas pagaria como se tivesse dado. Paulo, por meio de Tíquico, envia uma carta para Filemom se preparar para receber um outro Onésimo. Além disso, Paulo se responsabiliza pelos prejuízos sociais causados por Onésimo. Este “bilhete” de Paulo a Filemom é cheio de virtudes para a vida cristã, como frisa Scofield: prática da justiça, fraternidade cristã, cortesia cristã e a lei do amor.

 

Paulo usa o título “prisioneiro” e não Apóstolo, pois quer pedir um favor. Timóteo já estava com Paulo em Roma. Junto com Filemom havia pessoas valorosas (v.1-2). É possível que Áfia fosse a esposa de Filemom e Árquipo seu filho. A saudação amorosa de Paulo é a introdução para a epístola (v.3). A epístola é pessoal, mas acabou circulando por todas as igrejas. Théo Preiss: “No corpo de Cristo os assuntos pessoais já não são particulares” (v.1-3).

 

Você, também, deve ter reparado que as pessoas estão prontas a chegar até um limite de segurança nos relacionamentos. Talvez você se inclua entre as pessoas cuidadosas. O apóstolo Paulo não conseguiria realizar a obra que realizou se não corresse o risco que correu. Paulo é acusado de não ser um abolicionista, porém, não compreenderam que ele encarava o pecado e falta de conversão como a verdadeira escravidão.

 

Os seus valores, também, podem ser alterados, mas, para isso, precisará se interessar pelas pessoas e correr algum risco para alcançá-las. Deus pode nos abençoar para compreendermos como as pessoas são preciosas a fim de darmos atenção a elas e nos interpormos em assuntos que lhes darão liberdade espiritual. Deus lhe abençoe e Feliz Ano Novo.

 

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Pércio Coutinho Pereira.

Professor do Instituto Bíblico Peniel em Jacutinga MG

Pastor da Igreja Batista Bíblica em Jacutinga MG

Pessoal: perciocoutinho@gmail.com e WhatsApp (35) 99210 9841

 

[1] 1.Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.A elaboração das “dificuldades e curiosidades” foi desenvolvida por Pércio Coutinho Pereira

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