google-site-verification=AlGgplHlEwGIzCUG4Hr-hF6Aq7S75CZjD2J_rZrN2Zo
top of page

A diferença entre o justo e o ímpio

(Malaquias 3)

 

Há diferença entre o justo e o ímpio. Na eternidade, essa diferença será bem acentuada (ver Dn 12.1-3, Mt 25.46, Rm 2.6). Nesta vida, também, há diferença, mas não é visível a todos (Js 24.15, Dn 3.17ss). Um dia, a nação de Israel será restaurada e será visível a todos como foi antes, muito antes do exílio, mas, até que chegue este glorioso dia, Malaquias denuncia, através de um diálogo construído, a situação da nação.

 

Como já constatamos em inúmeros exemplos bíblicos, é possível um crente (justo) viver como um ímpio. É por este motivo que existem tantas exortações aos crentes e nenhuma exortação para o incrédulo, exceto que se converta. Malaquias é bem claro sobre a vinda de Jesus Cristo. Todos querem sua vinda, mas quantos poderiam suportá-la? Somente os salvos. Os judeus sofrerão muito na tribulação até verem o Senhor. Será um tempo de purificação. As injustiças em Israel serão punidas e para os dias de Malaquias os pecados foram nomeados e eles deveriam consertar sua conduta imediatamente.

 

Malaquias não isenta de culpa a geração antiga. Deus dá a chance de arrependimento, mas de modo cínico o pecador dá uma de desentendido (Zc 1.3). Quando Deus diz que estamos errados devemos abaixar a cabeça e dizer: "Sim, Senhor, me ajude". A Lei de Deus foi inaugurada com desobediência e segue por quase 3.500 anos da mesma forma e Deus ainda convida: "Tornai-vos para mim" (Is 31.6). Deus só opera os frutos do arrependimento na vida dos que desejam voltar-se a Ele (v.7).

 

Parece impossível, mas o homem pode roubar a Deus. Ainda há um cinismo da parte do pecador, achando que Deus está enganado. O judeu estava quebrando a Lei de Deus quando não dava o dízimo (Lv 27.30, Nm 18.21). Deixar de dar o dízimo era deixar os levitas e sacerdotes desamparados, pois viviam desse recurso (Nee 13.5,10). O levita que vivia do dízimo devia dar o "dízimo dos dízimos", pois os sacerdotes dependiam destes (Nm 18.26-29). Deus tomou a ofensa para si mesmo e estava amaldiçoando a nação. Não só todos deviam trazer os dízimos, mas cada um devia trazer todo o dízimo. A situação não era fácil, mas é justamente nessa situação que é possível "provar" a fidelidade de Deus. É bem possível que estavam enfrentando seca e colheita fraca, mas em consequência do arrependimento e fidelidade nos dízimos, Deus abriria as janelas do céu.

 

Se associarmos a ideia do dízimo atualmente com as bênçãos da terra, teremos que admitir que Jundiaí e a região Sul e Toscana da Itália são uns dos lugares onde mais se teme a Deus no mundo, por causa da excelente produção de uvas e, assim, o mundo todo deveria reconhecer estes lugares como abençoados por causa do Senhor. Mas, isso é absurdamente ridículo. Não podemos medir a espiritualidade dessa maneira.

 

“Estes versículos frequentemente têm sido usados para exortar os crentes a darem o dízimo. Entretanto, a Nova Aliança sob a qual os crentes vivem nunca especificou a quantia ou porcentagem que deveríamos devolver a Deus daquilo que Ele nos tem dado. Antes, ensina que deveríamos ofertar regular e sacrificialmente, à medida da prosperidade que o Senhor nos dá e alegremente (1 Co 16.1-2, 2 Co 8-9, Fp 4). Em harmonia com o princípio da graça que marca a presente dispensação, o Senhor não deixa a quantia específica que devemos devolver a Ele... Sendo que o dízimo precedeu o Concerto Moisaico (Gn 14.20, 28.22), muitos crentes consideram dar 10% como nossa responsabilidade mínima. Entretanto, os exemplos de dízimo que aparecem antes da Lei de Moisés são apenas isto mesmo, exemplos e não mandamentos (Gn 14.20, 28.22). Exemplos não são obrigatórios aos crentes, mas preceitos (mandamentos), sim. Outro exemplo disto é a prática dos crentes primitivos em Jerusalém vivendo em comunhão (At 2.44). Poucas pessoas diriam que essa prática é obrigatória para todos os crentes hoje.”[1] 

 

O povo de Israel em sua impiedade desafiava a Deus com argumentos e, continuava a fazer-se de desentendido. O crente agindo em desobediência a Deus começa a questionar o valor do serviço ("inútil servir a Deus"), da obediência e santidade ("guardar preceitos") e da confissão ("andar de luto"). O crente em desobediência começa a invejar os ímpios (v.13-15).

 

O justo não aceita os argumentos dos ímpios e unido com outros justos se fortalece. No dia do julgamento é que toda a diferença será realçada (Pv 10.25). De fato, há diferença entre o ímpio e o justo. Não precisa ser incrédulo para ter atitudes de ímpio. A diferença nem sempre é clara quando olhamos rapidamente e sem o discernimento de Deus. O crente que não se endireita em seus caminhos e que não oferece o seu dinheiro a Deus e que agride a Deus, achando que não vale a pena servi-Lo, está vivendo como um ímpio e está próximo de ser envergonhado. O crente que está confiando na Promessa de Deus, em sua própria vida está seguro, protegido sob os braços do Senhor. “Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve”.

 

Querido leitor, preocupe-se apenas em servir a Deus de modo fiel, as demais coisas Ele mesmo vai acrescentar. Não fique brigando sobre se dar dízimo é para a igreja ou só para Israel. Se você é um crente fiel, envolvido com a obra de Deus, tenho certeza que você acaba dando mais do que dez por cento. Deus abençoe.

 

_____________________________________

Pércio Coutinho Pereira.

Professor do Instituto Bíblico Peniel em Jacutinga – MG

Pastor da Igreja Batista Bíblica em Jacutinga – MG

Pessoal: perciocoutinho@gmail.com e WhatsApp (35) 99210 9841


[1] Notes on Malach - Dr. Thomas L. Constable, pg. 35 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

Comentários


Oferte:

O Jornal de Apoio é um ministério sem fins lucrativos. As ofertas e doações servem para os custos administrativos da missão na divulgação da obra missionária.

Compartilhe:

Ore e ajude a obra de missões divulgando as matérias do Jornal de Apoio. Compartilhe nas redes sociais e apoie os ministérios divulgados.

  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube

©2023 - Jornal de Apoio.

Fale Conosco:

Edição e Redação: (16) 99192-1440

jornaldeapoio.editor@gmail.com

bottom of page