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Disciplina Bíblica: Amor, Justiça e Restauração

Atualizado: 22 de jul.

Disciplina bíblica: Como ela é sentida e o que Deus faz conosco.


Nenhuma disciplina parece no momento motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, porém, produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados”. Hb.12:11. Falar de disciplina bíblica não parece um tema tão desconfortável, sabemos da grande necessidade de seu exercício e o quanto ela nos ajuda nos momentos em que tanto precisamos, mas tal teoria parece entrar em conflito com a prática quando vivemos os desconfortos da disciplina.

 

Conforme relatado no versículo 11 capítulo 12 da carta aos hebreus, nenhuma disciplina demonstra produzir alegria no primeiro momento em que é vivida, é interessante que o versículo faz referência a sentimentos, fala de alegria mas também destaca a tristeza; de fato esse é o sentimento quando enfrentamos a disciplina bíblica, sentimento que brota de um coração que diz: “Fui pego, descobriram o meu pecado!”. Creio que não há tantas dificuldades para enxergar o quanto o pecado que habita em nós é mau, mas ainda assim muitas vezes somos atraídos e seduzidos, e então caímos. Pela graça do senhor Deus ele vem nos resgatar, mas ir ao seu encontro no momento em que nos encontrávamos no fundo do poço, cobertos por uma lama de pecados não era o nosso objetivo, não é mesmo? Sempre pensamos que conseguiremos sair dessa lama que jogamos sobre nós e que no momento em que isso acontecer voltaremos então para Deus; evidentemente isso nunca acontece, e Deus sabe disso melhor do que nós e por isso ele dá um basta, ele diz: “Já chega”, e então vem nos disciplinar.

 

Esse é um tremendo ato de amor de um Pai bondoso que se importa com seus filhos, que vai ao encontro deles, mas nesse contexto Ele vai para discipliná-los, expor a severidade de seus pecados e dizer que as coisas não podem mais continuar como estão;  então somos preenchidos pelos mais variados sentimentos, mas especialmente o da tristeza que leva-nos a pensar o quanto somos falhos, o quanto fracassamos e o quanto traímos o amor de Deus nos sujeitando aos prazeres da carne e do mundo, e não a Ele.

A história é triste, mas veremos que seu fim é glorioso!

 

O ego e a disciplina:

 

Como filhos de um Pai que muito nos ama, quando Ele nos vê afundados em nossos pecados somos disciplinados, Ele não é um pai passivo que pouco se importa conosco a ponto de não fazer nada em relação a nossos erros, também não é um pai fatalista que mesmo sabendo de nossa terrível natureza caída nos abandona em nossos próprios delitos, Ele nos disciplina!

 Mesmo sabendo de todos os seus efeitos e qual o seu fim, o mundo de hoje, contrário a ordem divina, não demonstra ver a disciplina com bons olhos. Como ocorre desde a queda no Éden a rebeldia habita no coração do homem e tudo o que as pessoas mais odeiam é serem confrontadas e tiradas do lugar onde elas estão. O pavor da disciplina brota de três aspectos principais:

 

1º - Disciplina requer confrontação e nenhum de nós gostamos de ser confrontados.

 

Reflita sobre quando você é acusado de um erro, ainda que saiba dele não deseja que alguém o veja e muito menos que o acuse, sempre damos um jeito de inventar uma desculpa dizendo que não somos tão culpados assim, em Gênesis 3:12, Adão quando confrontado pelo Senhor diz: “A mulher que me deste, deu-me da árvore e eu comi.” Sempre queremos nos esquivar de nossas responsabilidades quanto ao pecado, afinal não gostamos de confrontação, nos sentimos desafiados!

 

2 º - Disciplina requer submissão e não gostamos de nos submeter.

 

Quando alguém tem coragem de apontar nosso pecado, imediatamente pensamos que aquela pessoa se encontra um nível acima de nós, afinal se ela está apontando o nosso erro muito possivelmente não está na prática dele, esses são pensamentos que passam pela nossa mente e tendem a nos enganar, a disciplina implica em admitir o nosso pecado, afinal já fomos pegos, e quando admitimos nos colocamos em posição de submissão; é interessante olharmos para o texto de 2 Samuel capítulo 12, quando por intermédio de Deus Davi é confrontado pelo profeta Natã, que inicialmente conta uma história para Davi onde um homem rico ao invés de tomar de suas ovelhas para oferecer a um viajante pega uma dócil cordeirinha de um homem pobre; Davi fica furioso quando ouve a história, e então aplica uma dura sentença ao tal homem, mas quando o profeta revela que aquilo não passava de uma metáfora e que ele era o homem mau, então seu coração e sua postura já não é mais a mesma, ele se submete e diz a Natã: “Pequei contra o Senhor” – 2 Sm. 12: 13

 

3º - Disciplina implica no reconhecimento dos erros e dificilmente queremos fazê-lo.

 

Olhar para dentro de nós e admitir que o caminho que temos tomado não é o certo se torna uma verdadeira jornada, as mentiras mais pregadas pela sociedade é que devemos fazer somente o que nos torna felizes, satisfeitos e realizados, e também que a opinião alheia pouco importa, afinal o foco está no “eu”. Todos esses discursos tendem a moldar a cultura e a forma de pensamento da humanidade, em razão disso muito dificilmente queremos admitir que estamos errados sobre o que temos feito.


A palavra de Deus nos diz em Tiago 4:6 [...] “Deus se opõe aos arrogantes, porém dá graça aos humildes”, isso indica claramente que precisamos de humildade, nos colocarmos na posição devida à luz das Escrituras, como pecadores, falhos e errantes que somos. Esse exercício apesar de difícil, por conta do orgulho humano, é convergido em um conhecimento grandioso sobre a proporção da graça de Deus, que se manifesta a nós na pessoa de Cristo, onde todos os nossos pecados foram pagos e perdoados.

 

O amor de Deus – Ele poderia nos abandonar em nossos delitos e pecados.


Pois o Senhor disciplina a quem ama” Hb. 12.

O fundamento da disciplina bíblica é o amor de Deus, a tarefa de educar um filho parece algo muito árduo, especialmente porque é necessário bastante insistência em pontuar e disciplinar tudo o que é necessário para que ele se torne uma verdadeira flecha na mão de um guerreiro, a disciplina demonstra em grande medida que Deus nos ama e é traduzida no fato de que Ele insiste em nós mesmo com nossos constantes erros.

 

Ele poderia desistir de nós? Sem dúvidas, o nosso Senhor não precisa de suas criaturas, e nem de seus filhos mas Ele decidiu nos amar e selar-nos com o seu Santo Espírito de modo que podemos sentir e viver em sua presença diariamente e quando nos afastamos e nos afundamos, Ele como um pai bondoso vem ao nosso encontro; inevitavelmente Ele vem de maneira severa, afinal, quem de nós não precisa de um “chacoalhão” de vez em quando para enxergar as coisas, Deus sabe disso.

 

Testemunho que o amor de Deus é poderosamente manifestado também na disciplina pois em momentos que vivenciei o pecado e consequentemente a disciplina de Deus foi então que tive a firme convicção de que era um filho do Senhor. Pude ver que Deus me ama, a tal ponto de não me deixar coberto por sujeiras e pecados que tapam os olhos e sufocam a nossa vida nos levando a tristeza, fracasso e distanciamento Daquele que mais nos quer bem; no início a tristeza de olhar para dentro de si e ver o quanto de podridão há é terrível! Mas o amor de Deus nos constrange e nos levanta para colocar-nos de volta em seus trilhos, isso é um fato confortador!

 

Esse mesmo amor é demonstrado em segunda Samuel, capítulo doze verso treze onde imediatamente após a confissão de Davi sobre seu pecado, Deus o perdoa. O pecado de Davi foi terrível e suas consequências poderiam ter sido ainda mais devastadoras do que foram, mas Deus o perdoou e o restaurou e esse homem teve o tremendo privilégio de fazer parte da linhagem messiânica, veja que grande amor!


Permaneceremos no pecado então, para que a graça seja mais abundante?

 

Quando pensamos no grandioso amor de Deus e em sua infinita graça podemos dizer que isso traz carta branca para o pecado? Evidentemente não, a carta de Paulo aos Romanos no capítulo 6, verso 1 e 2 nos diz: “Que diremos, então? Permaneceremos no pecado para que a graça se destaque? De modo nenhum. Nós, que morremos para o pecado, como ainda viveremos nele?

 

Deus nos disciplina com muito amor e nos pune por justiça, Ele não é o Deus que vê o mal e o ignora, Ele é um Deus santo e ordena santidade para a nossa vida, isso está descrito em Levítico 19:2. Há um propósito grandioso de Deus para os seus, quando somos salvos temos a missão de viver em adoração, de tal modo que toda a nossa vida, atos, falas e pensamentos expressem que somos filhos do Deus altíssimo e que Esse Deus altíssimo tem planos de salvação para a humanidade através da vida e obra do Senhor Jesus Cristo, o nosso salvador!

 

Sendo assim, Deus nos pune com disciplina para livrar-nos do pecado, Davi foi livrado e continuou a difícil missão de ser Rei sobre a nação de Israel exercendo um dos reinados mais significantes destacados no Antigo Testamento, para isso Deus precisou interver, denunciar e punir o seu pecado; as consequências foram terríveis, a espada não se apartou de sua família, mas o amor e perdão de Deus fez com que essa história ficasse gravada nas Escrituras Sagradas para servir de poderoso exemplo para nós.

 

Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” Hb. 12:3, o propósito de Deus é a continuidade de nossa história, que deve servir para glorificar o seu grande nome. Jamais existirá uma missão mais nobre do que essa para qualquer ser humano e nós temos esse privilégio!

 

Se entregue a disciplina, viva o perdão e busque a restauração para que possa continuar servindo e vivendo para o Senhor com toda alegria, construindo um legado que certamente ficará para as próximas gerações.

 

João Pedro Martins

Pastor na Igreja Batista Independente

Orlândia SP

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