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Início de ano é momento estratégico

Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23)

 

Início de ano sempre é um excelente momento para rever as estruturas ministeriais da igreja. Quando pensamos em estruturas ministeriais nos referimos àquelas estruturas já existentes, como também outras que possam vir a surgir por conta da necessidade local, seja ela em virtude do crescimento, organização ou estagnação. 

 

Nessa publicação observaremos que esse é o momento estratégico para alinharmos as expectativas com os tesoureiros e administradores da igreja, sejam eles novos ou reeleitos em seu mandato. Por vias de regra, a observação que temos tido ao assessorarmos igrejas na área de contabilidade, é que em geral os mandatos dos administradores e tesoureiros em sua essência são longos.

 

Atualmente os membros eleitos para esses cargos ficam de 5 a 7 anos em média fazendo o mesmo serviço. A pergunta que surge é: Há algum problema nisso? Digo que não! Digo que não pois a área e o assunto com que tratam (finanças da igreja) são hipersensíveis, exigindo seriedade, pessoas com caráter, detentoras de um conhecimento mínimo que assegure a boa ordem, e assim os que demonstram tal característica tornam-se detentores de confiança e longevidade em seus mandatos.

 

Por outro lado, há uma outra pergunta a ser feita: Existem fragilidades em longos mandatos na área de finanças da igreja? E a resposta é sim! Algumas fragilidades podem ser colhidas ao longo do tempo, justamente pela adaptabilidade e normalidade que aquilo se torna para quem o faz. Por exemplo: Alguns mecanismos de segurança podem ser deixados de lado, ou a possibilidade de melhoria na entrega da informação se torna algo secundários, ou até mesmo alguns não se importam mais se os documentos entregues para prestação de contas são hábeis e válidos ou não.

 

Por esse motivo creio que esse é o momento que as lideranças eclesiásticas devem promover alinhamento, treinamento e o compartilhamento da projeção orçamentária com os tesoureiros e administradores eleitos.

 

Quem é o tesoureiro (administrador/gestor) da igreja?

De modo amplo o tesoureiro de uma igreja é aquele que tem a responsabilidade de cuidar de todo fluxo financeiro compreendido por entradas e arrecadações, pagamentos e cumprimentos de obrigações financeiras e destinação e aplicação de recursos.

Assim compreendemos que o se espera desse ministério vai além da arrecadação dos recursos ao final de cada culto, bem como do depósito desses recursos ao longo da semana. De forma estratégica o ministério de finanças bem instruído pode contribuir na organização, planejamento, destinação, comunicação e promoção na arrecadação de mais recursos para o Reino.

 

Aristeu de Oliveira e Valdo Romão em seu livro Manual do Terceiro Setor e Instituições Religiosas, dizem o seguinte: “Conforme determinam as leis civis do nosso país, toda pessoa jurídica com fins econômicos, e aqui no nosso caso toda igreja, ao constituir-se deve indicar no seu estatuto “o modelo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos”, atendendo ao art.54, inciso V, do código civil brasileiro. Para cumprir a exigência legal, temos então a presença de um corpo diretivo que leva a efeito todas as decisões tomadas em assembleia.”

 

É justamente nesse corpo diretivo que os administradores e tesoureiros recebem suas atribuições, exercem suas atividades, recebem poderes de representação, bem como responsabilidades frente aos atos praticados.

 

O que se espera do tesoureiro (administrador/gestor) da igreja?

 A seguir apresentamos a principais expectativas definidas em estatutos no que concerne ao trabalho de um tesoureiro.

 

a)    Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias;

b)    Efetuar os pagamentos dos compromissos da igreja, prezando por sua pontualidade;

c)    Guardar e preservar todos os comprovantes de pagamento;

d)    Assinar conforme determina o estatuto, todos os documentos legais, títulos e compromissos financeiros autorizados pela igreja;

e)    Acompanhar toda a contabilidade da igreja, fornecendo as informações e apresentando todos os documentos hábeis necessários;

f)     Manter sob sua guarda todos os livros e documentos contábeis da igreja;

g)    Prestar as informações necessárias relacionado as finanças da igreja, seja ao público interno e quando necessário ao público externo;

h)   Apresentar os relatórios financeiros periodicamente conforme determina o estatuto da igreja;

i)     Observar mecanismos que promovam incremento na captação e destinação de recursos;

j)      Comunicar ativamente a realidade financeira a igreja e seus ministérios;

k)    Monitorar e fazer cumprir o orçamento financeiro estipulado para aquele exercício;

l)     Praticar todos os demais atos relacionados à administração da igreja.

 

Essas são algumas das atribuições dirigidas aos tesoureiros e administradores eleitos para essa nova gestão. Esse é o momento de sentar-se com a sua equipe e repassar com eles o que é esperado deles no exercício de seus ministérios.

 

Para você que é o participante desse nobre ministério encare-o como um grande privilégio, afinal Deus escolheu você e confirmou por meio dos seus líderes e igreja.

 

Diante de desconfortos ou até mesmo de não saber como fazer compartilhe com os seus líderes e peça ajuda. Lembre-se que Deus é contigo e existem pessoas que podem te ajudar.

 

Para você que é o líder/pastor avalie a sua equipe, converse mais com eles a respeito do desenvolvimento do serviço que eles têm executado, busque treinamento e capacitação, revisite o modo como o serviço tem sido feito, converse com outros e busque melhorias (sempre há espaços para melhoria), invista na capacitação e reciclagem dos seus tesoureiros e administradores.

 

Esse é o momento que Deus tem dado a fim de que as expectativas sejam alinhadas com os que cuidam das finanças da igreja. Creio que assim teremos um 2024 abençoado e com margens largas para nos dedicarmos mais nas melhorias e avanço, do que na manutenção desse ministério.

 

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Ademario Junior é pastor no Templo Batista em Vila São José em São Paulo SP.

É casado com a Tati e pai da Laura. 

FORMAÇÃO

Bacharel em Ciências Contábeis, Faculdades Costa Braga; Bacharel em Teologia, Seminário Batista Esperança; Graduado em Liderança Avançada, Instituto Haggai; Pós Graduado em Adm. de Empresas, Fundação Getúlio Vargas; Pós Graduando em Plantação e Revitalização de Igrejas, FATEV/CTPI; Mestrando em Ministério, Seminário Bíblico Palavra da Vida SP. 

Responsável pelo escritório AJR Contabilidade Assessoria e Consultoria

Sediado na cidade de São Paulo.

 

CONTATOS:

(11) 94014-1936

(11) 2667-6883 – Escritório

 

 

 

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