O Efeito Felca - O mundo além da criança
- Carlos Moraes
- 20 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 5 dias
A viralização recente do vídeo-denúncia do influenciador Felca (Felipe Bressanim Pereira) foi muito mais do que uma mera explosão digital. Foi um espelho perturbador que revelou, de certa forma, o mal que habita em nós e, ao mesmo tempo, reavivou um ensinamento eterno, registrado desde o décimo século antes de Cristo:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22.6).
O episódio não é apenas sobre redes sociais, mas sobre o mundo que estamos construindo para nossos filhos e netos. E a grande pergunta ecoa: o que as famílias estão fazendo? O que os governantes estão fazendo ao aniquilar os educadores nas escolas públicas e privadas?
Da infância inocente à exposição pública
Nossa geração testemunhou uma transição simbólica. As meninas passaram das bonecas “bebê” para as bonecas “Barbie”. Paralelamente, a TV aberta, com suas novelas e programas de auditório, introduziu a exposição das crianças ao grande público. A internet potencializou este processo, e a inteligência artificial agora extrapola todos os limites imagináveis.
Mas é preciso afirmar: nada disso é realmente novo. A história mostra que a exploração e o sacrifício de crianças sempre fizeram parte da degradação humana. Em Levítico 20.2-5, lemos sobre o culto a Moloque, o ídolo moabita ao qual crianças eram sacrificadas em rituais idólatras. Em 1 Reis 11.7, o próprio Salomão, rei que conheceu o Deus Criador, abriu espaço para essa prática abominável.
A Bíblia não romantiza a natureza humana: expõe a corrupção do coração. Basta ler Romanos 7.18-23 para perceber o conflito interior de cada ser humano. E outros textos bíblicos reforçam esta condição: Gênesis 6.5, Salmo 51.5, Isaías 64.6, Romanos 3.10-12. A essência é clara: somos pecadores.
O mal na era dos algoritmos
Se antes o fogo queimava crianças diante de ídolos de pedra, hoje o altar é digital. A nova divindade é o algoritmo, este conjunto de instruções invisíveis que molda pensamentos, desejos e até votos.
Tecnicamente, algoritmos são projetados por engenheiros e cientistas de dados. Mas, na prática, são moldados pelos interesses de quem os financia. O poder político e econômico dos donos das plataformas redefine a verdade, seleciona informações e manipula consciências.
O usuário comum acredita receber recomendações personalizadas. No entanto, quem controla o algoritmo controla a narrativa. Não se trata apenas de melhorar a experiência online; trata-se de direcionar opiniões, moldar padrões de consumo e até manipular democracias.
O documentário “O Dilema das Redes” (Netflix) expôs esse cenário: redes sociais não só alimentam vícios ou adultizam crianças, mas também distorcem processos políticos e sociais. Criar bolhas já é ruim. Mas impor bolhas artificiais é muito pior - porque entrega a mente humana ao poder de quem domina o código.
Problemas associados ao controle
No Brasil, por exemplo, muito se fala sobre a vulnerabilidade das urnas eletrônicas. Mas esta é apenas uma cortina de fumaça. A manipulação real não está nas urnas, mas nos algoritmos das redes sociais, que espalham falsas notícias e criam realidades paralelas.
Esse poder está concentrado no “1%” da população que controla dinheiro, governos e informações. Não há ilusão: dificilmente se abrirá a “caixa preta” dos algoritmos. Por isso, o futuro da humanidade caminha para um cenário distópico, literalmente apocalíptico, como antecipam as profecias bíblicas.
O mistério da iniquidade e a esperança eterna
O que Felca expôs não é apenas uma denúncia sobre a adultização das crianças. É a revelação de uma força antiga: o mistério da iniquidade (2 Tessalonicenses 2.7-8). Trata-se de uma força ativa e oculta que age contra Deus e contra a verdade, preparando o caminho para a manifestação plena do Anticristo.
A solução, portanto, não está nas mãos do homem. O avanço tecnológico, o poder político ou as estratégias sociais não deterão o mal. A esperança está em Deus, no Cristo que virá para destruir o “homem da iniquidade” e restaurar todas as coisas.
Conclusão
O Efeito Felca expôs algo maior do que um escândalo de internet. Trouxe à tona o retrato de uma sociedade que já sacrificou seus filhos - antes diante de ídolos de pedra, agora diante de telas iluminadas.
As famílias precisam acordar. Os educadores precisam ser valorizados. Os governantes precisam reconhecer que o futuro de uma nação não se mede apenas por seu PIB, mas pelo caráter de seus cidadãos.
E, acima de tudo, precisamos reconhecer que a guerra contra o mal não é apenas cultural, política ou tecnológica. É espiritual. E somente na luz da Palavra de Deus e na esperança em Cristo poderemos enfrentar as trevas que avançam neste mundo que “jaz no maligno” (1 João 5.19).
Querido Pastor Carlos, parabéns pelo excelente artigo e pela clareza textual. O alerta está dado - e, não é de hoje. Mas, com certeza, ganhou um reforço lúcido, poderoso, com suas palavras. Deus te abençoe e conserve a boa palavra. Grande abraço.
Não sei porque só agora estão se levantando e falando no vídeo do Felca. Pois ele não foi o primeiro a denunciar essas atrocidades , a senadora Damaris e Antônia Fontinele fez a mesma denúncia e foram perseguidas, agora porque querem usar esse vídeo para senssurar as redes sociais todos estão falando , só que infelizmente não é preocupação com as crianças é só somente pra cumprir um propósito da esquerda
Excelente artigo!
Exelente artigo!
Não posso deixar de alertar que este é também um efeito produzido pelo trabalho da esquerda, inimiga da família, da igreja e apoiadora das pautas dos movimentos feminista, abortista e agenda woke.