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Pastores Parados no Tempo

Sob a ótica de um pastor novato, o início do ministério pastoral será sempre difícil, prolixo e desafiador! O que pregar durante o ano? Como aconselhar os mais velhos e experientes? Como formar uma liderança coesa? Como restaurar as ovelhas perdidas? Como espantar os lobos? Como tornar a igreja relevante na sua cidade? Essas são apenas algumas questões que o novo pastor enfrentará logo em seu primeiro ano de ministério.


Não obstante, com o passar dos anos, a mera experiência (sem a busca pelo conhecimento) ensinará o pastor a administrar minimamente as situações supracitadas. E, mesmo com baixíssimo rendimento, isto é, com resultados pífios e insatisfatórios, ele tenderá a acomodar-se à realidade de subsistência ministerial em que se encontra!


E é exatamente aí que mora o perigo! Porque essa classe de pastores tem enfraquecido as nossas boas igrejas!


São os chamados “pastores parados no tempo”! São aqueles que se fecharam no tempo e no espaço e que, irracionalmente têm medo ou preguiça de crescerem espiritual e ministerialmente!


Não sabem remir o tempo! Seus sermões continuam tão simples e monótonos como no início de seus ministérios, suas ilustrações e comentários não mudam, seus conselhos são rasos e muito generalistas, seus hábitos são típicos de cristãos medianos e não há grandes expectativas a respeito deles!


São pastores que, mesmo com o passar dos anos, não se aprofundaram nas Escrituras e tampouco mantêm uma notória vida de oração! Não são ganhadores de almas e se sentem mais à vontade falando de assuntos triviais (como compras, política ou futebol), do que sobre o amor e o poder de Deus! O que é extremamente lamentável!


Acredito padecerem da “síndrome de Peter Pan”, porque resistem veementemente a qualquer sorte de crescimento ou amadurecimento. (Vide: I Co. 14.20)


Ou talvez, porque em suas mentes, imaginam terem crescido tanto que, hoje, com os cabelos brancos, julgam não haver mais o que aprender! A soberba da vida (Vide: I Jo. 2.16) os alcançou e não há muito o que fazer, senão rogarmos por um verdadeiro e grande milagre!


Desta forma, parados no tempo e enclausurados no templo, tais pastores tornaram-se repreensíveis e impotentes diante uma igreja cada vez mais crítica, exigente e argumentativa!


Soube recentemente que, certos irmãos trocaram de igreja porque lhes era sobremaneira desanimador participar dos cultos nos quais o pastor, com escasso conhecimento teológico, sabia menos da Bíblia do que os próprios membros!


Portanto, se o pastor da igreja local não se esforçar continuamente para aprender e ir sempre além, ele mesmo se reprovará, estando fadado à mesmice, irrelevância, cansaço e frustração ministerial!


Em virtude dessa realidade e para a glória de Deus, sejamos obreiros (no nosso caso, pastores) aprovados, sem motivo para nos envergonharmos e que, saibamos manejar segura e corretamente a eterna e maravilhosa Palavra da Verdade! (Vide: II Tm. 2.15 e I Tm. 4.13)


Desejo a todos os pastores um ascendente e contínuo progresso ministerial! E que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos nós! Amém.








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