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Seguir a Cristo por que?

A nossa visão do que significa andar com Cristo, seguir a Cristo, entregar a vida a Cristo é bastante distorcida considerando o que as escrituras ensinam. Nascemos, crescemos e nos desenvolvemos em uma sociedade marcadamente humanista e sob essa perspectiva o que os seres humanos buscam aqui neste mundo é a felicidade, é o reconhecimento pessoal, é a ausência de sofrimento. Dificilmente pensam na vida futura, ou porque é algo muito distante e intangível ou simplesmente porque não acreditam que a vida possa continuar depois desse mundo, dificilmente creem que a morte não é o fim.


A maioria das pessoas, claro que existem exceções, mas a maioria busca a Deus, se convertem ao Cristianismo ou buscam sentido para a vida em algum tipo de fé quando estão passando por problemas, estão enfrentando enfermidades, perdas, solidão profunda. Dificilmente alguém se volta para Cristo, decide entregar sua vida a Cristo quando a vida está em ordem, quando tudo vai bem, quando tem “dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender”.


O fato é que o cristo oferecido por muitas igrejas não é o Cristo anunciado e descrito nas Escrituras. Muitas igrejas oferecem um Cristo que mais parece o gênio da lâmpada. Façam seus pedidos! Ele vai atender! Ele vai fazer! Ele vai te dar! E Ele pode e quer atender nossos pedidos, nos abençoar, mas Ele não veio para isso. Ele veio para nos salvar, para morrer em nosso lugar, para pagar por nossa culpa. Para satisfazer a necessidade da Justiça de Deus diante do pecado. Mas cada vez menos as igrejas têm contato essa parte da história. Cada vez menos o Cristo ressurreto tem sido anunciado.


O Cristo revelado na Bíblia nasceu e viveu em humildade, na contramão dos que almejam riqueza e status. Se relacionou com pecadores, doentes, endemoninhados, simples trabalhadores, como pescadores. Não buscava ser servido, mas ensinou servindo e falava que o seu reino não era desse mundo (João 18.36), O Cristo revelado nas escrituras ensinou que não seria possível viver neste mundo sem passar por aflições (João 16.33). Ensinou que aqueles que decidem segui-Lo teriam de fazer renuncias. Rever prioridades (Mateus 19.29). Negar-se a si mesmo (Lucas 9.23). Renunciar ao mundo (1 João2.15-16), renunciar à própria vida (Mateus 16.25).


Muitos dirão: – Como assim? Então não vale a pena seguir a Cristo! O que eu ganho com isso? Esse é o problema da nossa geração: queremos ganhar! Nunca perder! Nunca dar! Apenas receber! Podemos até ir a Cristo querendo ganhar, mas quando temos uma experiência verdadeira com Ele, compreendemos o que o Apóstolo Paulo quis dizer em Atos 20.24, “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.


O Evangelho não é um convite para viver uma vida regalada, de fartura, de ausência de problemas, de família feliz, bom emprego, carro do ano, casa própria, saúde perfeita. Deus na sua infinita graça, bondade e misericórdia até nos abençoa com essas coisas, mas o Evangelho é um convite a pecadores, que compreendem de onde Deus os resgata por meio de Jesus, que compreendem sua condição miserável sem Cristo, que enxerga o inferno como o único destino justo para si, mas que pelo Sacrifício de Cristo na Cruz é religado a Deus, ganha o céu como herança. Um pecador que sabe que vai sofrer neste mundo, que vai chorar, que vai enfrentar grandes lutas, mas tem a convicção de que: “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9)


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Maria Genaina de A R Reder. Casada, mãe de um casal de filhos.

Congrega na Igreja Batista em Jardim Paulista – Guarulhos-SP.

Educadora. Professora Universitária e palestrante.

Contato: primeiroped@gmail.com


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