google-site-verification=AlGgplHlEwGIzCUG4Hr-hF6Aq7S75CZjD2J_rZrN2Zo
top of page

Vivendo na Babilônia

Conhecemos bem a história do povo de Israel disciplinado por Deus por seus pecados, sendo eles entregues por Deus nas mãos da Babilônia, quando foram feitos cativos por Nabucodonosor durante setenta anos. Contamos e recontamos às nossas crianças nas Classes das Escolas Dominicais a história de três jovens hebreus que foram fiéis a Deus durante o cativeiro babilônico: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ou Hananias, Misael e Azarias. Enfatizamos a fé e a coragem desses jovens que não renunciaram à sua fé no Deus de Israel, mesmo quando tiveram de enfrentar a morte diante de uma fornalha ardente ou de leões ferozes.

 

Quero fazer um paralelo entre a Babilônia do tempo de Daniel e a Babilônia do nosso tempo. Sim, vivemos na Babilônia! Assim, como aqueles jovens foram levados para uma terra estrangeira, nós também vivemos aqui como estrangeiros, afinal, nossa Pátria é o céu! A Babilônia do tempo de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego tentou aculturá-los, ou seja, fazê-los adaptar-se à cultura babilônica. Ofereceram-lhes alimentos, ensinamentos e treinamentos que os fariam “esquecer-se” de suas identidades. Uma nação politeísta que não cultuava ao Deus verdadeiro, ao Deus único, criador e sustentador de todas as coisas, mas que se perdia em meio a várias divindades, inclusive a do Imperador, considerado um deus.

 

Não é isso que a Babilônia em que vivemos tenta fazer conosco? (E às vezes consegue...). Tenta a todo custo nos fazer esquecer que somos cidadãos do céu. Tenta minar nossa identidade em Cristo com ideologias e filosofias que questionam a razão da própria existência e duvidam da fé e das verdades das Escrituras.

 

A verdade é que Daniel e seus amigos, consoante a perfeita soberania de Deus, foram levados cativos para a Babilônia, não tiveram escolha, mas escolheram não se corromper com aquele lugar. Escolheram ser fiéis ao Deus de Israel. A Bíblia não especifica com precisão a idade exata de Daniel quando foi levado para a Babilônia, mas o contexto histórico e os relatos bíblicos indicam que ele era adolescente, possivelmente com cerca de 14 anos.  Algumas fontes sugerem que ele tinha 17 anos quando foi deportado. Um adolescente que decidiu não renunciar à sua fé e de suas convicções.

 

Podemos inferir com a narrativa bíblica que Daniel não aprendeu a amar e obedecer a Deus na Babilônia, ele já chegou lá “preparado”. Os pais do tempo de Daniel levavam muito a sério a orientação do Senhor quanto aos ensinamentos que deveriam dar aos seus filhos em Deuteronômio 6.7: “Ensine-as com persistência a seus filhos.” Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.

 

O Senhor está falando sobre ensinar a Lei aos filhos, ensinando-os a amar, obedecer e a honrar ao Senhor. Daniel certamente aprendeu em casa a orar e dar importância à sua vida devocional com Deus. Não foi a Babilônia que o instruiu, pelo contrário, a Babilônia queria destruir esses princípios que ele cultivava. Foi no lar que ele aprendeu sobre Deus e de Deus. Foi no lar que a Palavra foi inculcada em seu coração. E nós, temos ensinado sobre Deus aos nossos filhos o suficiente para eles viverem na Babilônia do nosso tempo?

 

Nossos filhos têm resistido à aculturação deste mundo? Ou têm sido tragados por ele? Temos ensinado aos nossos filhos o valor da oração? Temos inculcado em nossos filhos suas verdadeiras identidades ou eles se parecem mais com o mundo do que com Cristo? Eles se arriscam demonstrando e vivendo a fé em Cristo, mesmo tendo de enfrentar exclusão, zombaria, bullying? Nossos filhos precisam ser treinados em casa para enfrentarem e viverem na Babilônia, que é este mundo, que é cada cidade, cada lugar onde Deus nos colocou para testemunhar dEle, assim como Daniel e seus amigos fizeram.

 

Não é o mundo que corrompe nossos filhos, é a nossa negligência em treiná-los e ensiná-los a viver para a glória de Deus. Precisamos ser intencionais na educação de nossos filhos. Precisamos estabelecer estratégias para direcioná-los e, acima de tudo, buscar na dependência do Espírito Santo sabedoria para criar nossos filhos para viver na Babilônia, sem se deixar corromper por ela. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento - Romanos 12.2.

 

Autora: Maria Genaína de A. R. Reder.

Casada. Mãe de um casal de filhos.

Membro da Igreja Batista em Jardim Paulista, Guarulhos (SP).

Servindo no ministério de ensino.

Professora aposentada.

 

 

Comments


Oferte:

O Jornal de Apoio é um ministério sem fins lucrativos. As ofertas e doações servem para os custos administrativos da missão na divulgação da obra missionária.

Compartilhe:

Ore e ajude a obra de missões divulgando as matérias do Jornal de Apoio. Compartilhe nas redes sociais e apoie os ministérios divulgados.

  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube

©2023 - Jornal de Apoio.

Fale Conosco:

Edição e Redação: (16) 99192-1440

jornaldeapoio.editor@gmail.com

bottom of page