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Foto do escritorPércio Coutinho

Introdução à Primeira Epístola de Pedro

1.Autor da carta

A autoria de Pedro é reconhecida desde o início. Pedro foi o apóstolo de maior destaque dentre os doze. A própria carta identifica Pedro como o autor. Ele foi testemunha dos sofrimentos de Cristo (1.8). Alguns levantaram objeção à autoria de Pedro pelo fato das cartas terem um estilo sofisticado e Pedro, como sabemos era um simples pescador. Isto apenas incentiva ao crente comum a estudar, pois é possível se aprimorar nos estudos e na fluência da língua se temos objetivo.

 

2.Data e local da carta

As datas estão entre 65-68 d.C., antes da morte de Pedro e em um período de perseguição. Quanto ao local de onde Pedro escreveu há algo bem intrigante. Ele escreve da Babilônia (5.13). Havia uma Babilônia no Egito, porém, uma cidade muito insignificante. Havia a famosa Babilônia mencionada muitas vezes no Velho Testamento, mas que na época de Pedro já estava em ruínas. Finalmente, talvez, a interpretação mais correta, é a cidade de Roma, tratada como Babilônia por causa de seus pecados e influência mundial. Portanto, tomando a última interpretação como correta, Pedro escreveu de Roma.

 

3.Cidades

Pedro escreveu para crentes espalhados em cidades específicas (Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1.1). Eram cidades numa região de perseguição contra os crentes.

 

4.Objetivo da carta

Pedro quer levar, através desta carta, consolo aos crentes sofredores. A perseguição não os isenta de viverem uma vida correta, por isso, há instruções claras sobre o andar digno do crente em meio às perseguições. O crente não pode revidar, mas sofrer com mansidão e de modo sóbrio, ou seja, consciente que o sofrimento é uma parte da vida cristã normal. Jesus disse que os crentes seriam perseguidos, mas Ele daria ânimo e vitória.

 

5.Tema, palavra-chave e versículos-chaves da carta

O tema poderia ser “O sofrimento do crente”. "Esperança" é a palavra-chave desta carta (1:3, 13, 21; 3:5, 15).

 

6.Dificuldades e curiosidades encontradas na carta

1) 1.12 - Os anjos não tinham a pretensão de pregar o evangelho, como, erroneamente, alguém pode interpretar lendo esse texto, mas desejam perscrutar (parakupto). É a figura de alguém em uma sacada inclinando-se para ver o que acontece embaixo. Jamais anjos podem entender o que se passa dentro de um pecador redimido, pois eles nunca caíram para depois serem alcançados com a salvação.

 

2) 2.9 - A Igreja não substituiu Israel, pois Deus ainda cumprirá as promessas terrenas e espirituais para a nação. No entanto, temos o privilégio de receber os mesmos títulos (geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus).

 

3) 3.1 - A mulher deve ser submissa ao marido, mesmo que este não seja salvo. Não é uma promessa, mas uma possibilidade que ele seja salvo devido ao bom testemunho dela. A salvação é individual, mas a busca pode ser incentivada pelo bom testemunho.

 

4) 4.17-18 - Nossa salvação é difícil, não porque temos que fazer algo, além de crer, mas é difícil até terminar a carreira na terra, pois há muitas perseguições. No entanto, é muito mais difícil para o incrédulo, pois no final de sua vida, ainda que tranquila, entrará na eternidade perdido.

 

5) 5.6 - A vida do crente quando maltratado deve ser de humilhação sem vingança. Haverá exaltação, mas somente no tempo que Deus quiser. Às vezes, por toda a vida, a situação de humilhação nunca dá uma reviravolta aqui na terra, mas na eternidade tudo será julgado e a recompensa virá para o crente humilhado.

 

Vale a pena estudar essa carta tão preciosa para nós os crentes, passando por momento de sofrimento ou experimentando um período de bonança. Deus abençoe.

 

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Pércio Coutinho Pereira.

Professor do Instituto Bíblico Peniel em Jacutinga - MG

Pastor da Igreja Batista Bíblica em Jacutinga - MG

Pessoal: perciocoutinho@gmail.com e WhatsApp (35) 99210 9841

 

 

 

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