O mundo à beira do fim
- Carlos Moraes

- há 2 dias
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Atualizado: há 2 dias
O movimento “Sem Reis” nos EUA e os prenúncios bíblicos de uma governança mundial sob o Anticristo.
O grito das ruas e o prenúncio profético
Milhões de americanos foram às ruas sob o lema “No Kings” (“Sem Reis”) para protestar contra o autoritarismo e a concentração de poder no governo Donald Trump. O movimento, que tomou proporções históricas, pode ser visto pela ótica das profecias bíblicas como um alerta do tempo do fim - um sinal de que a humanidade está caminhando para uma formatação global para o surgimento de uma governança mundial que deverá preparar o mundo para o governo do Anticristo, conforme descrito em Apocalipse 13 e 2 Tessalonicenses 2.
O clamor das ruas e o eco das profecias
No dia 18 de outubro de 2025, os Estados Unidos, tido como a maior democracia ocidental, testemunharam uma das maiores mobilizações populares de sua história. Em mais de 2.700 cidades nos 50 estados, multidões marcharam com cartazes dizendo “Democracy, not Monarchy" (“Democracia, não monarquia”) e “The Constitution is not optional” (“A Constituição não é opcional”). Isso visto em uma democracia, sinaliza para o início da rejeição dos governantes ancorados nos poderosos que detém as riquezas.
O movimento “No Kings” denuncia o avanço de um poder centralizador e excludente, que, do ponto de vista cristão dispensacionalistas, é o prenúncio da concentração global de riqueza e poder prevista nas Escrituras. Sinalisa para uma governança global que está em formação para ser entregue ao Anticristo: “E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. (...) E foi-lhe dado poder sobre toda tribo, e língua, e nação.” (Apocalipse 13.2,7).
Esse cenário de controle político e econômico mundial que escapa das mãos dos governantes das nações, descortina aos nossos olhos o que a Bíblia anuncia como o sistema da Besta, onde ninguém poderá “comprar ou vender” sem estar submisso ao controle totalitário no período da Tribulação (Apocalipse 13.16-17).
A formação de um poder supranacional
O que antes era apenas teoria, agora é fato: a elite econômica global está no comando. Bilionários, corporações transnacionais e bancos detêm mais poder que os governos instituídos, moldando políticas, influenciando eleições e determinando os rumos da economia mundial. Eles vão colocando governantes segundo os seus propósitos capazes de usar até o nome de Deus para ganhar confiança.
Da perspectiva pré-tribulacionistas, essa oligarquia financeira global é a formatação do governo mundial que será entregue ao Anticristo - um poder que transcende ideologias, crenças e fronteiras geográficas, e que se consumará após o arrebatamento da Igreja. “O mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que do meio seja tirado.” (2 Tessalonicenses 2.7).
De acordo com essa visão, “aquele que o detém” é o Espírito Santo, que atua hoje por meio da Igreja. Quando a Igreja for arrebatada (afastada), o Espírito será afastado com ela, mudando o seu modo de agir - e o Anticristo será revelado.
A advertência divina contra o acúmulo de riquezas
Desde os tempos antigos, Deus advertiu o homem contra a ganância que leva à concentração de riquezas. O Ano do Jubileu, estabelecido em Levítico 25, ordenava a devolução de terras e a libertação de escravos a cada cinquenta anos, impedindo que poucos dominassem sobre muitos. “Santificareis o ano quinquagésimo e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores.” (Levítico 25.10).
Mas o ser humano ignorou o princípio divino da igualdade e da justiça. Jesus, em Lucas 12.16-21, denunciou essa ganância perniciosa e infrutífera na parábola do Rico Insensato, que acumulou bens e, como louco, ignorou a brevidade da vida.
Hoje, o mesmo espírito de avareza domina o planeta. O capital financeiro nas mãos das mega-corporações tecnológicas e dos bancos centrais (que vão sendo tirados das mãos dos governantes) criam um sistema de dependência total - uma preparação para o controle econômico global profetizado no Apocalipse.
O embrião da Nova Ordem Mundial
A história do capitalismo, em suas diversas fases - comercial, industrial, financeiro e informacional -, sempre teve uma direção: a acumulação das riquezas nas mãos de poucos. A Revolução Industrial consolidou o domínio econômico; o século XX assistiu à ascensão dos bancos e da especulação; e o século XXI vê o poder das big techs e do capital digital transnacional.
Hoje, poucos conglomerados detêm o controle do comércio e dos meios de pagamento. Além disso, para desespero nosso, também controlam a informação. Essa concentração é o ambiente ideal para o surgimento de um governo centralizado, capaz de controlar o mundo - exatamente como a Bíblia predisse. O mundo está com as riquezas sendo concentradas nas mãos de poucos e a miséria, em breve, será socializada por eles para a maioria das pessoas. “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.” (Apocalipse 17.13).
Mesmo os regimes autoritários, como os governos religiosos ditatoriais das repúblicas islâmicas, caminham para o mesmo destino: a concentração das riquezas para o domínio global de uma elite transnacional e supra governamental que negocia acima das soberanias nacionais.
“No Kings”: o colapso das democracias e o clamor por um líder mundial
A rebelião popular contra o autoritarismo governamental nos EUA, que ainda se diz democrático, revela uma contradição: o povo luta contra o poder concentrado, mas está possibilitando o colapso das democracias que abrirá o caminho para um poder centralizado. Quando a desordem e o medo dominarem as nações, o mundo pedirá um salvador - e ele virá na pessoa do Anticristo prometendo paz e segurança. Falta apenas o arrebatamento que afastará a Igreja para sempre: “E ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado.” (2 Tessalonicenses 2.3).
Com a Igreja afastada, o Anticristo surgirá como o líder que trará “paz e segurança”, unificando política, economia e religião sob um único governo global - o ápice da rebelião humana contra Deus.
O arrebatamento e o fim da dispensação da Igreja
Para o cristianismo dispensacionalista, pré-tribulacionista, o próximo grande evento profético é o Arrebatamento da Igreja - quando os salvos em Cristo serão afastados deste mundo para que seja dado início à Grande Tribulação. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” (1 Tessalonicenses 4.16).
Com o afastamento da Igreja, o mundo será entregue ao domínio do Anticristo e à ira divina descrita no Apocalipse. Será o Tempo de Angústia de Jacó (Jeremias 30.7), quando o povo judeu passará pelo maior sofrimento da sua história e as nações sofrerão, juntamente com eles, os mais severos juízos previstos através de 7 selos, 7 trombetas e 7 taças. Apenas um terço do povo judeu sobreviverá e reconhecerá Jesus como Messias. (Zacarias 13.8-9).
Após esse período de tribulação, Cristo voltará visivelmente, derrotará o Anticristo e instaurará o Reino Milenar, cumprindo as promessas feitas a Israel e às nações. Por isso, quando obedecemos a Deus e oramos pela paz de Jerusalém, temos certeza de que ela chegará no tempo previsto por Deus: no Reino de Cristo. (Apocalipse 20.4).
O relógio profético está prestes a despertar
O mundo caminha rapidamente para o cenário descrito pelas profecias: crise moral, corrupção política e controle econômico, tudo a nível global. Isso aponta para o fim da dispensação da Igreja, que teve início no Pentecostes e terminará com a iminente volta de Cristo no arrebatamento, preparando o caminho para a tribulação, que é a septuagésima semana de Daniel e a Sua segunda vinda no final dos sete anos.
Como crente, fazendo parte da Igreja, Corpo de Cristo, formado pelos salvos de todos os povos, línguas, tribos e nações, seremos afastados definitivamente deste mundo antes da Agonia de Jacó. “Porque guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo.” (Apocalipse 3.10).
Enquanto os poderosos contribuem para o Impérios das Trevas, nós vivemos no Reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13), aguardando o verdadeiro Reino de Deus que se aproxima. Como membros da Igreja de Cristo, aguardamos, vigilantes, o som da trombeta que anunciará o nosso definitivo afastamento. MARANATA!







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